No ano passado, o ingresso de novos projetos fez com que o setor de concessões rodoviárias mais do que duplicasse de tamanho no país, chegando a 68 concessões em operação, que respondem por 23.230 km da malha rodoviária nacional, segundo o relatório anual da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Um dos destaques no setor, ocorrido em meados de 2020, foi a entrada em operação do Eixo SP – batizado como Lote PiPa (Piracicaba – Panorama) –, considerada a maior concessão rodoviária do país, com mais de 1,2 mil km de malha formada por 12 rodovias, que passam por 62 municípios paulistas. Mas, a despeito disso, o setor também enfrentou as dificuldades trazidas pela pandemia, amargando uma redução de 13,9% no fluxo de veículos em doze meses e decréscimo de 21,4% (R$ 1,3 bilhão) nas receitas em 2020.
Passado o pior momento de instabilidade, o setor vislumbra agora um novo ciclo de avanço com uma série de licitações de rodovias programadas para os próximos anos. Com efeito, diversos trechos já estão na lista para entrar em operação, somando mais de 8 mil km de rodovias estaduais a serem licitados, enquanto o governo fede
No ano passado, o ingresso de novos projetos fez com que o setor de concessões rodoviárias mais do que duplicasse de tamanho no país, chegando a 68 concessões em operação, que respondem por 23.230 km da malha rodoviária nacional, segundo o relatório anual da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Um dos destaques no setor, ocorrido em meados de 2020, foi a entrada em operação do Eixo SP – batizado como Lote PiPa (Piracicaba – Panorama) –, considerada a maior concessão rodoviária do país, com mais de 1,2 mil km de malha formada por 12 rodovias, que passam por 62 municípios paulistas. Mas, a despeito disso, o setor também enfrentou as dificuldades trazidas pela pandemia, amargando uma redução de 13,9% no fluxo de veículos em doze meses e decréscimo de 21,4% (R$ 1,3 bilhão) nas receitas em 2020.
Passado o pior momento de instabilidade, o setor vislumbra agora um novo ciclo de avanço com uma série de licitações de rodovias programadas para os próximos anos. Com efeito, diversos trechos já estão na lista para entrar em operação, somando mais de 8 mil km de rodovias estaduais a serem licitados, enquanto o governo federal tem em seu pipeline cerca de 16 mil km a serem entregues à iniciativa privada em um prazo de quatro anos.
Esse avanço é necessário, tendo em vista que, segundo dados do Fórum Econômico Mundial, a qualidade da malha rodoviária brasileira – cuja maior parte de sua extensão, diga-se, é mantida pelo setor público – possui nota 3 em uma escala de 1 (pior) a 7 (melhor), o que faz com que o país figure na posição 116 entre 141 países analisados.
Além disso, os investimentos na malha, tanto privados quanto públicos, estão caindo ano após ano. Em 2019, os investimentos em rodovias (concessionadas e sob gestão do Governo Federal) atingiram R$ 12,38 bilhões, valor 16,3% menor que o registrado em 2018, descontada a inflação.
Nesse quadro, é significativo o fato de que, de um montante de R$ 191,58 bilhões investidos nas rodovias entre 2010 e 2019, 39,1% (R$ 74,91 bilhões) tenham sido aportados pelas concessionárias e 60,9% (R$ 116,67 bilhões) pelo Governo Federal. Ou seja, mesmo com uma malha cerca de 3,4 vezes menor, o aporte das concessionárias já é bem próximo ao da União.E, pelo andar da carruagem, deve superar o volume de aportes dentro de alguns anos, até pelos bons serviços prestados, como o leitor pode conferir nesta edição especial da Revista Grandes Construções.
Boa leitura.
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