Foto: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
A mais recente pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) sobre a malha rodoviária pavimentada do Brasil revelou que 56,9% das vias foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas em relação às condições do pavimento.
O resultado de 2024 é levemente pior do que o levantamento anterior, realizado um ano antes, quando 56,7% foram categorizados como negativos.
A constatação reforça o alerta de que a malha viária do país, responsável por escoar mais de 65% das cargas e 90% dos passageiros, está envelhecendo mais rápido do que o ritmo das intervenções e dos investimentos em manutenção.
A defasagem entre o crescimento da frota, sobretudo de pesados, e a capacidade estrutural das rodovias é um dos principais fatores que aceleram a deterioração do pa

Foto: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
A mais recente pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) sobre a malha rodoviária pavimentada do Brasil revelou que 56,9% das vias foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas em relação às condições do pavimento.
O resultado de 2024 é levemente pior do que o levantamento anterior, realizado um ano antes, quando 56,7% foram categorizados como negativos.
A constatação reforça o alerta de que a malha viária do país, responsável por escoar mais de 65% das cargas e 90% dos passageiros, está envelhecendo mais rápido do que o ritmo das intervenções e dos investimentos em manutenção.
A defasagem entre o crescimento da frota, sobretudo de pesados, e a capacidade estrutural das rodovias é um dos principais fatores que aceleram a deterioração do pavimento e, consequentemente, o aumento dos custos logísticos e dos riscos de acidentes.
“Os números mais recentes refletem uma condição geral da infraestrutura rodoviária que demanda maiores e contínuos investimentos, tendo em vista a importância do modal para o país”, destaca Fernanda Rezende, diretora executiva da CNT, que realiza a pesquisa das rodovias federais e trechos de estaduais (públicas e concedidas) desde 1995.
De acordo com a diretora, ao analisar a condição da superfície do pavimento, a pesquisa verificou que apenas 4,9% (5.451 km dos 111.853 km avaliados) estão em estado “perfeito”, enquanto a maioria (59%, ou 65.942 km) encontra-se desgastada.
“Essa condição agrega diversas patologias, como desgaste, trincas isoladas, desagregação, ranhuras, corrugação e exsudação”, afirma a diretora, lembrando que um percentual de 30,7% (34.392 km) apresenta trincas em malha ou remendos ao longo de sua extensão.
Foram identificados problemas graves em 5.622 km (5%) das rodovias avaliadas, como afundamentos, ondulações ou buracos.
“A situação é crítica em 446 km (0,4%), classificados como destruídos e demandando intervenções imediatas de reconstrução completa”.
Considerando o período de 2009 a 2023, constata-se que a Região Norte é a que mais possui situações críticas, apesar de ter havido variações de melhoria nesse intervalo, como de 2009 a 2016, quando houve uma queda da avaliação negativa de 84,2% para 66,4%.
Entretanto, a partir de 2017 a região voltou a ter alta no percentual negativo, chegando a 71,4% em 2023.
Já as regiões Sudeste e Sul se destacam historicamente pelas melhores condições, variando entre os percentuais de 50% e 70% de avaliação positiva.
Todavia, em 2024, a Região Sul teve um aumento significativo da avaliação negativa, atingindo 63,7%, ficando atrás somente da Região Norte (66,4%). A Região Sudeste, por sua vez, apresentou neste ano seu pior resultado desde 2009 (49,8%).
É nesse cenário que a Revista Grandes Construções ouve especialistas para entender as repercussões da situação e, principalmente, apontar caminhos para a resolução dos desafios estruturais em nosso principal modal de transporte. Boa leitura.
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