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Revista GC - Ed.105 - Julho 2024
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EDITORIAL

Ritmo de avanço põe em risco a meta para o esgotamento

Quase meia década após a aprovação do novo marco legal, dados mostram uma realidade persistente de desequilíbrio, evidenciando que, apesar dos avanços obtidos no período, no ritmo atual o país não conseguirá alcançar a meta de cobertura até 2033
Por Redação

De acordo com estudo recente do Instituto Trata Brasil (ITB), a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2022, apenas 40 das 100 maiores cidades brasileiras contam com mais de 90% da população atendida com coleta e tratamento de esgoto.

Com elevada discrepância entre as regiões, atualmente 75,7% da população do país tem acesso a um nível adequado de esgoto, sendo 62,5% ligado à rede e 13,2% com fossas sépticas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), citado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

As regiões com melhores atendimentos em esgotamento sanitário incluem Sudeste e Sul, além de parte do Centro-Oeste, enquanto os piores níveis de atendimento se concentram em estados da região Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste.

No Norte, onde a situação é mais dramática, “menos da metade da população vive em condições consid


De acordo com estudo recente do Instituto Trata Brasil (ITB), a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2022, apenas 40 das 100 maiores cidades brasileiras contam com mais de 90% da população atendida com coleta e tratamento de esgoto.

Com elevada discrepância entre as regiões, atualmente 75,7% da população do país tem acesso a um nível adequado de esgoto, sendo 62,5% ligado à rede e 13,2% com fossas sépticas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), citado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

As regiões com melhores atendimentos em esgotamento sanitário incluem Sudeste e Sul, além de parte do Centro-Oeste, enquanto os piores níveis de atendimento se concentram em estados da região Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste.

No Norte, onde a situação é mais dramática, “menos da metade da população vive em condições consideradas adequadas de esgotamento sanitário”, diz a reportagem, com 46,4% de atendimento, muito abaixo do melhor serviço do país, registrado no Sudeste, com 90,7% da população atendida adequadamente.

Em termos de investimentos em saneamento, o desconcerto continua, com valores que chegam a R$ 150 por habitante no melhor cenário, enquanto outras regiões não superam sequer R$ 3 por habitante.

Quase meia década após a aprovação do novo marco legal do setor, os dados mostram uma realidade persistente de desequilíbrio, evidenciando que, apesar dos avanços obtidos no período, no ritmo atual o país não conseguirá alcançar a meta de 90% de cobertura até 2033, conforme estabelecido na lei.

Nesta edição especial da Revista Grandes Construções, o cenário é avaliado por especialistas do setor, em reportagens que apontam a necessidade de aumento dos investimentos, incluindo a possibilidade de regionalização dos serviços, além de se debruçarem sobre as técnicas disponíveis para tratamento do esgoto, que precisam de atualização técnica para entregar maior eficiência e qualidade à população.

Além disso, o material traz a nova sondagem de obras e aportes recentes das concessionárias, permitindo visualizar as prioridades atuais no saneamento brasileiro, ainda – malogradamente – o mais atrasado setor da infraestrutura brasileira.

Boa leitura.

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