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Revista GC - Ed.55 - Dezembro 2014
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Editorial

Segurança não é custo, é investimento

Nessa edição demos uma atenção especial a um tema que vem mobilizando amplos setores da cadeia da construção e mineração: a segurança e saúde dos trabalhadores nas suas atividades profissionais. O assunto tem sido tratado pelo governo federal, via Ministério do Trabalho e Emprego, através da reedição de normas regulamentadores (NR’s) que, por mais que tentem fornecer orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho, têm levado mais confusão e perplexidade ao mercado, por serem contraditórias, por estarem distantes da realidade das empresas e dos trabalhadores, ou ainda por serem absolutamente inexequíveis.

Para discutir a reedição das NR’s e lançar um pouco de luz sobre o tema, Grandes Construções realizou, no dia 6 de novembro, em parceria com o Instituto Opus, uma mesa-redonda que controu com a participação de importantes representantes de diversos segmentos da cadeia da construção. Um resumo do que foi debatido do encontro é retratado nesta edição.

Também destacamos em materia especial o relevante trabalho que vem sendo realizado pelas construtoras através do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP) que, ao completar 50 anos de atividade, celebra o fato de ter levado assistência médica e odontologia, exames complementares, fisioterapia, vacinas e orientações sobre alimentação saudável, prevenção de acidentes, combate às drogas e alcoolismo, entre outras ações, a nada menos que 900


Nessa edição demos uma atenção especial a um tema que vem mobilizando amplos setores da cadeia da construção e mineração: a segurança e saúde dos trabalhadores nas suas atividades profissionais. O assunto tem sido tratado pelo governo federal, via Ministério do Trabalho e Emprego, através da reedição de normas regulamentadores (NR’s) que, por mais que tentem fornecer orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho, têm levado mais confusão e perplexidade ao mercado, por serem contraditórias, por estarem distantes da realidade das empresas e dos trabalhadores, ou ainda por serem absolutamente inexequíveis.

Para discutir a reedição das NR’s e lançar um pouco de luz sobre o tema, Grandes Construções realizou, no dia 6 de novembro, em parceria com o Instituto Opus, uma mesa-redonda que controu com a participação de importantes representantes de diversos segmentos da cadeia da construção. Um resumo do que foi debatido do encontro é retratado nesta edição.

Também destacamos em materia especial o relevante trabalho que vem sendo realizado pelas construtoras através do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP) que, ao completar 50 anos de atividade, celebra o fato de ter levado assistência médica e odontologia, exames complementares, fisioterapia, vacinas e orientações sobre alimentação saudável, prevenção de acidentes, combate às drogas e alcoolismo, entre outras ações, a nada menos que 900 mil trabalhadores da construção no estado.

Para completar, revelamos aqui quais foram as empresas e trabalhadores do setor que mais se destacaram ao longo de 2014, pelas melhores práticas de saúde e segurança do trabalho na construção civil. Tanto as construtoras como seus empregados foram homenageados durante a terceira edição do Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho, ocorrida no início de novembro,

Ações como as implementadas por estas empresas revelam uma gradual mudança de cultura por parte do setor produtivo no Brasil. Finalmente estamos deixando de entender Segurança e Saúde no Trabalho como setores da empresa que não geram lucros. Ao contrário, a empresa que investe na segurança, evita os acidentes de trabalho e com eles os gastos com dias parados, com o remanejamento de funções para suprir vagas de acidentados e com Processos Judiciais na esfera Trabalhista e Cível, que sabemos geram altos custos. Investir na segurança é sinônimo de lucros no aspecto econômico e na satisfação geral dos empregados, que assistidos e valorizados em seus trabalhos, passam a produzir de forma mais segura e eficiente.

Ao contrário do que muita gente acredita, o acidente de trabalho não é obra do acaso e nem da falta de sorte. É um evento indesejável, que produz desconforto, ferimentos, danos, perdas humanas e/ou materiais, mas que pode ser previsto e evitado com educação, treinamento, disciplina e, é claro, investimentos.

A nossa legislação ainda é deficiente, omissa e burocratizante e a fiscalização, inexistente e, em muitas situações, corrupta. Mas temos que mudar o rumo dessa história com exemplos, ações efetivas, investimentos em planejamento, qualificação e educação, não somente da mão de obra, mas também dos empresários, técnicos de segurança, agentes de fiscalização e governo. Enfim, de todos os envolvidos.

Só assim atingiremos um estágio mais humano no relacionamento entre capital e trabalho e todos saem ganhando.

Paulo Oscar Auler Neto

Vice-presidente da Sobratema

 

 

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