Falta pouco para o Rio de Janeiro se tornar o epicentro mundial dos esportes. Em 5 de agosto, todas as atenções estarão voltadas para a Cidade Maravilhosa, que está quase pronta para receber os maiores nomes do esporte mundial. A matéria de capa desta edição revela que, em média, as obras dos estádios e arenas desportivas que sediarão as Olimpíadas de 2016 encontram-se com cerca de 95% de avanço físico, não representando mais risco de atraso, nem de cancelamento das competições. A previsão é que tudo fique pronto até o segundo trimestre de 2016, já que os trabalhos estão, em sua maior parte, dentro dos prazos previstos.
Superado o risco do “mico olímpico”, resta-nos torcer para que sejam 17 dias inesquecíveis e que as Olimpíadas de 2016 entrem para a história dos jogos modernos de maneira positiva. Isso faria um bem enorme para a nossa imagem frente à opinião pública mundial, e para a nossa autoestima, ambas tão arranhadas pela turbulência das crises econômica e política, que por aqui se instalaram.
Resta-nos, portanto, torcer para que os Jogos de 2016 deixem uma herança positiva para o Rio de Janeiro e sua população, através da transformação sustentável no âmbito social e urbano, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida na região. É o que se convencionou chamar de Legado Olímpico. São 47 projetos de infraestrutura, principalmente de mobilidade e urbanização, que foram viabilizadas ou que já estavam em curso, e foram aceleradas, em razão de o Rio t
Falta pouco para o Rio de Janeiro se tornar o epicentro mundial dos esportes. Em 5 de agosto, todas as atenções estarão voltadas para a Cidade Maravilhosa, que está quase pronta para receber os maiores nomes do esporte mundial. A matéria de capa desta edição revela que, em média, as obras dos estádios e arenas desportivas que sediarão as Olimpíadas de 2016 encontram-se com cerca de 95% de avanço físico, não representando mais risco de atraso, nem de cancelamento das competições. A previsão é que tudo fique pronto até o segundo trimestre de 2016, já que os trabalhos estão, em sua maior parte, dentro dos prazos previstos.
Superado o risco do “mico olímpico”, resta-nos torcer para que sejam 17 dias inesquecíveis e que as Olimpíadas de 2016 entrem para a história dos jogos modernos de maneira positiva. Isso faria um bem enorme para a nossa imagem frente à opinião pública mundial, e para a nossa autoestima, ambas tão arranhadas pela turbulência das crises econômica e política, que por aqui se instalaram.
Resta-nos, portanto, torcer para que os Jogos de 2016 deixem uma herança positiva para o Rio de Janeiro e sua população, através da transformação sustentável no âmbito social e urbano, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida na região. É o que se convencionou chamar de Legado Olímpico. São 47 projetos de infraestrutura, principalmente de mobilidade e urbanização, que foram viabilizadas ou que já estavam em curso, e foram aceleradas, em razão de o Rio ter se tornado cidade-sede das Olimpíadas de 2016. Com custo estimado em cerca de R$ 7,07 bilhões, estes projetos são, em sua maior parte (60%), financiados pelo setor privado.
As intervenções incluem a implantação de um moderno sistema integrado de transporte de alta capacidade, tendo como principal vetor a Linha 4 do metrô carioca, cujas obras estão sendo finalizadas. O bairro da Barra da Tijuca, que concentra o maior número de arenas desportivas e instalações de apoio para o megaevento, ganhará um sistema viário novo, com a ampliação de avenidas, construção de viadutos e duplicação do seu principal acesso viário, a Avenida Niemeyer.
O Centro da cidade ganhará um sistema de veículo leve sobre trilhos (VLT), e dezenas de novas linhas de ônibus, entre as quais quatro linha de BRTs – operadas por ônibus articulados, de média capacidade, em corredores expressos – passaram a interligar toda a cidade, deixando para a população o legado da mobilidade, da integração sociogeográfica e das melhorias ambientais.
Desafios como a recuperação de áreas degradadas, como a Região Portuária, o combate a enchentes e a ampliação do saneamento são exemplos de ações promovidas pelo poder público, tiradas do papel para tornar a cidade e suas diferentes regiões mais integradas.
Houve, no entanto, compromissos importantes, como a despoluição da Baía de Guanabara, o saneamento da Lagoa Rodrigo de Freitas e da Bacia de Jacarepaguá, que não foram cumpridos, embora fizessem parte do Plano de Gestão de Sustentabilidade do Comitê Organizador Rio 2016. Perde-se aí o impacto transformador que os Jogos poderiam ter, na solução de velhos e gravíssimos problemas ambientais que marcam a vida dos cariocas.
Mas o principal Legado, deixado pelos Jogos Olímpicos 2016, é, na verdade, o aprendizado de que é possível deter o crescimento físico desordenado das cidades sem interferir no crescimento urbano. Barcelona e Londres, que igualmente sediaram Jogos, em 1992 e 2012, respectivamente, são exemplos de que é possível implementar o desenvolvimento sustentável e equilibrado das centralidades urbanas, requalificando espaços e fomentando a melhoria da qualidade de vida, através da mobilidade urbana, entre outros fatores.
Para isso basta que a atuação do poder público se faça dentro dos novos conceitos de ocupação urbana sustentável, com a preservação e ampliação das áreas verdes, dando destaque para os sistemas de transporte público sobre o privado, com base em um planejamento integrado e na atuação conjunta entre os entes públicos e a iniciativa privada.
Dentro desse modelo, todos ganham. É medalha de ouro garantida.
Paulo Oscar Auler Neto
Vice-presidente da Sobratema
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