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Revista GC - Ed.95 - Dezembro 2020
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Editorial

Construção vê recuo histórico em rodovias

Por Redação

De acordo com a 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, as atividades de construção – responsáveis pela ampliação e aperfeiçoamento da malha rodoviária – permaneceram relegadas no que se refere a investimentos, fechando 2018 com uma participação relativa de apenas 14,2% nas intervenções rodoviárias totais – a menor da série histórica.

Como se sabe, o investimento público em rodovias vem em trajetória de queda quase contínua desde 2012, ainda antes da recessão econômica no país. De acordo com pesquisa, a redução dos aportes federais em rodovias em relação ao PIB foi maior e mais prolongada que a própria recessão, entre 2014 e 2016. “A redução do investimento público foi um fator importante entre os determinantes da recessão e da crise econômica em que o país se encontra até hoje”, deduz o trabalho.

No contexto mais agudo da recessão, é bom lembrar, o governo focou aportes em ações de manutenção e recuperação das rodovias, que geram resultados mais imediatos a partir de menor investimento. De acordo com a pesquisa, essas ações subiram para 64,3% do investi


De acordo com a 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, as atividades de construção – responsáveis pela ampliação e aperfeiçoamento da malha rodoviária – permaneceram relegadas no que se refere a investimentos, fechando 2018 com uma participação relativa de apenas 14,2% nas intervenções rodoviárias totais – a menor da série histórica.

Como se sabe, o investimento público em rodovias vem em trajetória de queda quase contínua desde 2012, ainda antes da recessão econômica no país. De acordo com pesquisa, a redução dos aportes federais em rodovias em relação ao PIB foi maior e mais prolongada que a própria recessão, entre 2014 e 2016. “A redução do investimento público foi um fator importante entre os determinantes da recessão e da crise econômica em que o país se encontra até hoje”, deduz o trabalho.

No contexto mais agudo da recessão, é bom lembrar, o governo focou aportes em ações de manutenção e recuperação das rodovias, que geram resultados mais imediatos a partir de menor investimento. De acordo com a pesquisa, essas ações subiram para 64,3% do investimento federal em rodovias em 2016, bem acima dos 47,4% em 2013.

Como contrapartida, as ações de adequação e construção da malha rodoviária perderam participação entre as intervenções totais. “Somente a partir de 2017, período em que o PIB passou a crescer na faixa de 1%, as ações de adequação rodoviária recuperaram parte de sua participação relativa nas intervenções, saindo de 20,6% em 2016 para 29,6% em 2018”, constata a pesquisa.

Para superar esse quadro de estagnação e superar os problemas detectados nas rodovias brasileiras, a CNT estima que são necessários aportes de R$ 38,6 bilhões. Apenas para reconstrução e restauração das vias, a projeção é de R$ 38,6 bilhões em investimentos.

Já para manutenção dos trechos classificados como ‘desgastados’, o custo estimado é de R$ 15,8 bilhões. “Esse esforço exige o engajamento do setor público, de investidores e transportadores na definição de um plano de ação”, recomenda o relatório, cujos principais resultados a Revista Grandes Construções traz nesta edição especial, junto a uma entrevista exclusiva com o superintendente de Concessões de Infraestrutura da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Renan Brandão, e a mais um levantamento de concessões rodoviárias em andamento no país, como já é tradição da publicação. Boa leitura.

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