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Revista GC - Ed.22 - Dezembro 2011
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Editorial

A Educação e o Projeto de Nação

Estamos finalizando 2011 com uma economia em franca expansão, apesar das turbulências no cenário internacional. Temos um governo com credibilidade e amplo apoio popular, a despeito das inúmeras denúncias de corrupção contra vários ministros do governo de Dilma Rousseff (PT), que resultaram na queda de seis integrantes do primeiro escalão. O setor da construção, por sua vez, segue aquecido, apresentando números bem acima da média dos últimos anos.

As expectativas para o próximo ano são de manutenção do ritmo atual do crescimento, apoiado no fortalecimento do mercado consumidor interno, na continuidade dos investimentos públicos e privados em segmentos vitais da infraestrutura, na aceleração da expansão ou construção de novas plantas industriais, apesar dos fatores externos pouco favoráveis.

Sabemos que é preciso intensificar as ações voltadas para a redução dos gastos públicos, da carga tributária, sem falar no rigoroso controle da inflação que ameaça retornar, em parte revigorada pelo próprio aumento do poder de consumo da população.

Apesar dos vários desafios que temos ainda pela frente, podemos afirmar que o Brasil vem construindo um processo de amadurecimento. Hoje despontamos no cenário mundial como uma grande nação em crescimento. Tudo parece sinalizar que estamos no caminho certo. Mas engana-se quem apostar que estão dadas aí todas as condições necessárias para um crescimento sustentado e de longo prazo. O País carece urgentemente de um projet


Estamos finalizando 2011 com uma economia em franca expansão, apesar das turbulências no cenário internacional. Temos um governo com credibilidade e amplo apoio popular, a despeito das inúmeras denúncias de corrupção contra vários ministros do governo de Dilma Rousseff (PT), que resultaram na queda de seis integrantes do primeiro escalão. O setor da construção, por sua vez, segue aquecido, apresentando números bem acima da média dos últimos anos.

As expectativas para o próximo ano são de manutenção do ritmo atual do crescimento, apoiado no fortalecimento do mercado consumidor interno, na continuidade dos investimentos públicos e privados em segmentos vitais da infraestrutura, na aceleração da expansão ou construção de novas plantas industriais, apesar dos fatores externos pouco favoráveis.

Sabemos que é preciso intensificar as ações voltadas para a redução dos gastos públicos, da carga tributária, sem falar no rigoroso controle da inflação que ameaça retornar, em parte revigorada pelo próprio aumento do poder de consumo da população.

Apesar dos vários desafios que temos ainda pela frente, podemos afirmar que o Brasil vem construindo um processo de amadurecimento. Hoje despontamos no cenário mundial como uma grande nação em crescimento. Tudo parece sinalizar que estamos no caminho certo. Mas engana-se quem apostar que estão dadas aí todas as condições necessárias para um crescimento sustentado e de longo prazo. O País carece urgentemente de um projeto nacional consistente, de desenvolvimento de longo prazo, com o apoio das mais diversas instituições governamentais e da sociedade. E a base desse Projeto de Nação está na Educação.

Esse é sem dúvida nosso principal desafio. Mesmo figurando entre as 10 maiores potências do planeta, o Brasil encontra-se no 70º lugar no ranking de Desenvolvimento Humano, entre os países com os maiores níveis de exclusão e desigualdade social. Somente no ensino fundamental público, estima-se que o País precisaria de 247 anos para igualar o nível de conhecimento de crianças e jovens brasileiros aos de alunos de países desenvolvidos.

Vários fatores têm dificultado o desenvolvimento da Educação no Brasil, mas um dos mais importantes é que nunca se tomou a decisão de colocar a Educação como prioridade de Estado. O que se vê é um discurso mundial de Educação para todos, de ênfase na qualidade da Educação. Mas, entre o discurso e a prática existe um abismo profundo.

A UNESCO recomenda que os países da América Latina invistam no mínimo 6% do PIB em Educação. Poucos países no mundo atingem esse percentual. O Brasil investe apenas 4% do PIB em Educação.

E muitas vezes, os recursos são mal aplicados. Existem problemas de gestão do sistema, da falta de valorização do professor, a escola, de modo geral, não está suficientemente preparada para enfrentar todas as dificuldades de aprendizado do aluno.

O Brasil parou no tempo em termos de investimentos em Educação, desenvolvimento tecnológico, inovação e capacitação da mão de obra. O setor da Construção já vive hoje sérios problemas causados pela falta de profissionais especializados.

O desafio brasileiro é ainda maior porque não parte da sociedade brasileira a percepção clara da importância estratégica da Educação em um Projeto de Nação, nem que ela é o instrumento mais seguro de superação da pobreza. Sendo assim, é a Educação o principal instrumento para se promover uma distribuição mais justa das nossas riquezas, erradicando definitivamente a miséria do nosso  território.

O Brasil precisa de uma política de Estado de Educação, que possa, gradativamente, dar conta da grande tarefa de educar e de formar cidadãos. Mas precisa também conscientizar sua população de que essa é a prioridade número um do País e de que a Educação é um processo continuado, duradouro e para toda a vida.

Só assim poderemos, um dia, ser de fato uma grande Nação, e não apenas um País em um eterno processo de crescimento.

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