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Revista GC - Ed.22 - Dezembro 2011
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Balanço e Perspectivas

Sem planos na área política

Para o arquiteto Siegbert Zanettini, o aquecimento geral da economia, com reflexos em todos os segmentos da economia, é um dos pontos a serem comemorados em 2011, pois têm solicitado novos investimentos em praticamente todas as áreas produtivas. Ele destaca também o acréscimo significativo de demanda de parte da população que teve acesso a novos patamares de consumo em geral, como também na área da cadeia de construção civil, assim como a melhoria gradativa de qualidade no controle da produção e de facilidades de crédito nas áreas de indústria e comércio.

Os pontos negativos, no entanto, na opinião do arquiteto, ficam por conta da área política: “ a área política sem projetos e planos, comprometida apenas com interesses próprios e atolada numa corrupção institucionalizada, e da parcela significativa da elite  econômica preocupada apenas com o lucro à curto prazo”. Mas Zanettini menciona também aspectos urbanos, como “a estagnação no desenvolvimento sustentável das cidades que incham desordenamento onde se acumulam erros de todos os níveis: trânsito infernal, ocupação equivocada de encostas e várzeas e com soluções improvisadas e imediatistas”.

E lembra as condições desastrosas da infraestrutura nas áreas de educação e saúde públicas, caracterizada por: “ investimentos quase inexistentes em transporte de massa (metrô, trens, aeronaves), e a política de incentivo ao consumismo (automóveis, eletrodomésticos, etc), ao passo que é  inexistente a preocupação tanto pública como privada de espaços de cidadania (parques, praças, locais de lazer não pago) e de habitações na faixa popular que permanecem com baixo nível arquitetônico e construtivo”.

O arquiteto volta a mencionar o consumismo como uma fonte de problemas sociais.  “Sob o ponto de vista do consumismo as perspectivas tendem a se manter sob os aspectos humano, social e ambiental  e como resultado deve perpetuar-se o anacronismo estrutural e a banalização da vida social que, acredito, só mudará com uma revolução cultural que não vejo a curto prazo”. Ele destaca ainda que não haverá mudança de rota, “pois, neste País nada é planejado e tudo caminha ao sabor de influências, interesses setoriais e políticos com uma visão curta, improvisada e imediatista.  O mesmo ocorrerá com a


Para o arquiteto Siegbert Zanettini, o aquecimento geral da economia, com reflexos em todos os segmentos da economia, é um dos pontos a serem comemorados em 2011, pois têm solicitado novos investimentos em praticamente todas as áreas produtivas. Ele destaca também o acréscimo significativo de demanda de parte da população que teve acesso a novos patamares de consumo em geral, como também na área da cadeia de construção civil, assim como a melhoria gradativa de qualidade no controle da produção e de facilidades de crédito nas áreas de indústria e comércio.

Os pontos negativos, no entanto, na opinião do arquiteto, ficam por conta da área política: “ a área política sem projetos e planos, comprometida apenas com interesses próprios e atolada numa corrupção institucionalizada, e da parcela significativa da elite  econômica preocupada apenas com o lucro à curto prazo”. Mas Zanettini menciona também aspectos urbanos, como “a estagnação no desenvolvimento sustentável das cidades que incham desordenamento onde se acumulam erros de todos os níveis: trânsito infernal, ocupação equivocada de encostas e várzeas e com soluções improvisadas e imediatistas”.

E lembra as condições desastrosas da infraestrutura nas áreas de educação e saúde públicas, caracterizada por: “ investimentos quase inexistentes em transporte de massa (metrô, trens, aeronaves), e a política de incentivo ao consumismo (automóveis, eletrodomésticos, etc), ao passo que é  inexistente a preocupação tanto pública como privada de espaços de cidadania (parques, praças, locais de lazer não pago) e de habitações na faixa popular que permanecem com baixo nível arquitetônico e construtivo”.

O arquiteto volta a mencionar o consumismo como uma fonte de problemas sociais.  “Sob o ponto de vista do consumismo as perspectivas tendem a se manter sob os aspectos humano, social e ambiental  e como resultado deve perpetuar-se o anacronismo estrutural e a banalização da vida social que, acredito, só mudará com uma revolução cultural que não vejo a curto prazo”. Ele destaca ainda que não haverá mudança de rota, “pois, neste País nada é planejado e tudo caminha ao sabor de influências, interesses setoriais e políticos com uma visão curta, improvisada e imediatista.  O mesmo ocorrerá com a  infraestrutura”, vaticina

A seu ver, tanto os investimentos como os projetos não escapam dessa trajetória. “Há gargalos infindáveis a serem superados. Somente com ciência, tecnologia e produção inovadora, criativa e planejada sairemos desta mesmice. Nada no Brasil mudará a curto prazo. Faço um imenso esforço pessoal como profissional e professor há 50 anos e os enganos estruturais do País se perpetuam. Torço para que não percamos também este século”, conclui.

 

 

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