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Revista GC - Ed.22 - Dezembro 2011
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Balanço e Perspectivas

Cenário interno é positivo, mas o externo preocupa

A manutenção dos fatores que permitiram o crescimento do setor de construção, sem sombra de dúvida, é o principal fator positivo de 2011. Essa é a opinião de Marcos Vicelli, executivo da Racional Engenharia, empresa que atua em vários segmentos da construção industrial, imobiliária e infraestrutura. O crescimento econômico do país é impulsionado principalmente pelo consumo interno no país, promovendo um crescimento expressivo para os segmentos de bens de consumo, shopping centers e varejo. “Percebemos também, alguns projetos industriais, que foram retomados, frente às perspectivas de demandas de crescimento interno”

O aspecto negativo, na opinião do executivo, é não ser possível acreditar que o cenário de baixo crescimento mundial, principalmente na União Europeia e Estados Unidos, não terá efeitos no país. “Apesar de acreditar que o Brasil esteja muito mais maduro e com musculatura para enfrentar essa perspectiva de recessão mundial, certamente ela influenciará no fluxo de investimentos diretos no país, que tem impacto na perspectivas dos nossos negócios no curto prazo”, enfatiza.


A manutenção dos fatores que permitiram o crescimento do setor de construção, sem sombra de dúvida, é o principal fator positivo de 2011. Essa é a opinião de Marcos Vicelli, executivo da Racional Engenharia, empresa que atua em vários segmentos da construção industrial, imobiliária e infraestrutura. O crescimento econômico do país é impulsionado principalmente pelo consumo interno no país, promovendo um crescimento expressivo para os segmentos de bens de consumo, shopping centers e varejo. “Percebemos também, alguns projetos industriais, que foram retomados, frente às perspectivas de demandas de crescimento interno”

O aspecto negativo, na opinião do executivo, é não ser possível acreditar que o cenário de baixo crescimento mundial, principalmente na União Europeia e Estados Unidos, não terá efeitos no país. “Apesar de acreditar que o Brasil esteja muito mais maduro e com musculatura para enfrentar essa perspectiva de recessão mundial, certamente ela influenciará no fluxo de investimentos diretos no país, que tem impacto na perspectivas dos nossos negócios no curto prazo”, enfatiza.

Ele diz acreditar que em 2012 o Brasil crescerá, mesmo que em ritmo moderado de aproximadamente 2,5% do PIB, mantendo investimentos centrados no mercado interno. Anunciadas recentemente pelo governo federal, algumas medidas tais como a redução da taxa de juros e desoneração tributária para alguns setores, podem propiciar uma perspectiva favorável ao crescimento do segmento da construção civil, enfatiza. Outro ponto favorável que ele destaca é a aproximação dos eventos esportivos, Copa do Mundo e Olimpíada, que precisará acelerar algumas obras direta e indiretamente necessárias a estes eventos.

O executivo acredita que o setor de infraestrutura permanecerá em ascensão, motivado por duas vertentes: primeira, a ausência de grandes projetos no cenário mundial, trazendo investidores para os países emergentes; e, também, a necessidade do país aumentar a sua competitividade, nesse quesito a nossa infraestrutura tem uma parcela relevante. “Se pretendemos figurar no cenário internacional no médio prazo como país em desenvolvimento, vamos ter de, necessariamente, melhorar nossa infraestrutura”, destaca.

“Acredito que algumas ações precisam ser priorizadas no país, dentre elas destaco: a desoneração tributária aos setores produtivos; regulamentação e incentivo às PPP (parcerias público-privadas); o controle mais efetivo pelos órgãos de anticorrupção endêmica, principalmente nestas grandes obras de infraestrutura que acabam sendo taxadas como um veículo à corrupção; enfim, a priorização do governo federal no investimentos na nossa infraestrutura.

Vicelli vê o Brasil em processo de amadurecimento, a despeito dos desafios e dificuldades estruturais do país. “Acredito que temos muitas coisas boas por aqui, como um sistema financeiro altamente eficiente, uma fisco referência mundial. Nossas construções não deixam a desejar para nenhum país no mundo. Já aplicamos tecnologia de ponta em alguns setores da economia. E estamos entrando no bônus demográfico, ou seja, no auge de nossa capacidade produtiva. Enfim, estou muito otimista em relação ao país no médio prazo, e creio que se soubermos com maturidade enfrentar os desafios que um processo de desenvolvimento como nação nos impõe, certamente, teremos muitos frutos a colher nos próximos anos”.

 

 

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