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Revista GC - Ed.54 - Novembro 2014
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Entrevista

Obras no Porto de Pecém têm 40% de avanço físico

A segunda etapa de ampliação do terminal portuário envolve um investimento de R$ 568,7 milhões

De janeiro a setembro deste ano, o Porto de Pecém, localizado em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, movimentou o equivalente a 6,4 milhões de toneladas de mercadorias, registrando um recorde histórico. O volume de cargas que passaram pelo complexo significou um aumento de 61% em relação ao mesmo período de 2013, o que confirma o seu grande potencial de crescimento, apoiado principalmente na exportação de granéis sólidos e líquidos, contêineres e frutas para mercados como o europeu.

A continuidade desse crescimento depende, no entanto, das obras de ampliação e modernização da estrutura. Iniciadas em dezembro do ano passado, as intervenções que fazem parte da segunda ampliação do Terminal Portuário do Pecém já ultrapassam 40% de avanço físico, segundo informa Erasmo da Silva Pitombeira, diretor-presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceara (Cearáportos), empresa responsável pela administração do porto.

De acordo com Pitombeira, estão sendo realizadas, no momento, não apenas as obras voltadas para a ampliação da capacidade de movimentação de cargas na estrutura do terminal, mas também, e fundamentalmente, os serviços de ampliação ou recuperação dos sistemas de acesso ao porto, tanto rodoviários como ferroviários. Também estão sendo feitos a engorda do quebra-mar, a execução dos blocos de ancoragem; tratamento das estacas estruturadas e preparo dos tirantes, estacas-tubo e estacas-prancha. Novos equipamentos estão sendo adquiridos para aumentar a rapidez nas operações  e a produtividade do porto. São dois portêineres para o Terminal de Múltiplo Uso (Tmut), com capacidade para movimentar de 60 a 70 contêineres por hora. Os equipamentos antigos movimentam no máximo 30 contêineres por hora.

O consórcio responsável pela segunda fase da ampliação do porto - que compreende a expansão do Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT), inaugurado em 2010 - é formado pelas empresas Marquise Infraestrutura, Queiroz Galvão e Ivaí Engenharia de Obras. Atualmente, 400 trabalhadores atuam na obra.

Para integrar o porto à Ferrovia Nova Transnordestina, está sendo construída uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão. Obras de pavimentação estão sendo realizadas em 1.06


De janeiro a setembro deste ano, o Porto de Pecém, localizado em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, movimentou o equivalente a 6,4 milhões de toneladas de mercadorias, registrando um recorde histórico. O volume de cargas que passaram pelo complexo significou um aumento de 61% em relação ao mesmo período de 2013, o que confirma o seu grande potencial de crescimento, apoiado principalmente na exportação de granéis sólidos e líquidos, contêineres e frutas para mercados como o europeu.

A continuidade desse crescimento depende, no entanto, das obras de ampliação e modernização da estrutura. Iniciadas em dezembro do ano passado, as intervenções que fazem parte da segunda ampliação do Terminal Portuário do Pecém já ultrapassam 40% de avanço físico, segundo informa Erasmo da Silva Pitombeira, diretor-presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceara (Cearáportos), empresa responsável pela administração do porto.

De acordo com Pitombeira, estão sendo realizadas, no momento, não apenas as obras voltadas para a ampliação da capacidade de movimentação de cargas na estrutura do terminal, mas também, e fundamentalmente, os serviços de ampliação ou recuperação dos sistemas de acesso ao porto, tanto rodoviários como ferroviários. Também estão sendo feitos a engorda do quebra-mar, a execução dos blocos de ancoragem; tratamento das estacas estruturadas e preparo dos tirantes, estacas-tubo e estacas-prancha. Novos equipamentos estão sendo adquiridos para aumentar a rapidez nas operações  e a produtividade do porto. São dois portêineres para o Terminal de Múltiplo Uso (Tmut), com capacidade para movimentar de 60 a 70 contêineres por hora. Os equipamentos antigos movimentam no máximo 30 contêineres por hora.

O consórcio responsável pela segunda fase da ampliação do porto - que compreende a expansão do Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT), inaugurado em 2010 - é formado pelas empresas Marquise Infraestrutura, Queiroz Galvão e Ivaí Engenharia de Obras. Atualmente, 400 trabalhadores atuam na obra.

Para integrar o porto à Ferrovia Nova Transnordestina, está sendo construída uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão. Obras de pavimentação estão sendo realizadas em 1.065 metros de vias de acesso, ao mesmo tempo em que está sendo feito o alargamento em cerca de 33 metros da ponte.

Para falar do andamento das obras e dos planos para transformar Pecém em uma referência na operação portuária no Brasil, passamos a palavra a Erasmo da Silva Pitombeira.

Revista Grandes Construções – O terminal portuário do Pecém foi considerado o segundo melhor em produtividade, entre todos os portos brasileiros, com a nota 7,90, ficando atrás apenas do Porto de Itapoá, em Santa Catarina; que recebeu a nota de 8,90. O ranking é resultado de pesquisa divulgada no início de outubro, pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos).  A que se deve essa classificação?

Erasmo da Silva Pitombeira – A excelente performance do Porto de Pecém se sustenta em cima de um tripé, que lhe dá as melhores condições operacionais. A primeira é a excelente condição de acesso, tanto terrestre (via rodovias ou ferrovia) quanto marítimo. Em seguida vem a boa condição de abrigo, ou seja, mar tranquilo e boa profundidade. E por fim, a boa condição de movimentação. A grande vantagem do porto do Pecém é que ele é off-shore, construído afastado da linha de costa, que dispensa canal de acesso.  Do jeito que a embarcação vem navegando, ela acessa qualquer berço, sem nenhuma dificuldade. Atrelado a esse fator, temos uma profundidade natural que chega a 18 metros, com zero de ondulação e correntes, e sem a necessidade de dragagem. E quando você tira o custo da dragagem, você tem condições de praticar tarifas portuárias extremamente atrativas. São essas tarifas que atraem os grandes armadores para o terminal portuário do Pecém, além de uma estrutura moderna, com equipamentos modernos, com implantação de uma superestrutura extremamente limpa e de uma estrutura de administração enxuta.

A localização é privilegiada, pois nas rotas de longo curso os armadores que utilizam o Pecém para escoar suas cargas têm a plena certeza de que a carga vai chegar na data prevista, porque não existe nenhuma parada intermediária. O Pecém fica a seis dias da costa leste dos Estados Unidos e a sete dias da costa da Europa.

GC - Qual a movimentação atual de cargas, as principais origens e destinos?

Erasmo Pitombeira – No período de janeiro a setembro de 2014 foram movimentadas através do porto do Pecém 6,4 milhões de toneladas de mercadorias, com operação de 365 navios no período. Esse número representa um acréscimo de 61% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentadas 3,9 milhões, ressaltando-se que o total de 6 milhões em 2013 foi registrado somente no somatório dos 12 meses do ano.

Mais uma vez, o grande destaque deste crescimento ficou com os granéis sólidos, com variação positiva de 235%, seguindo-se os contêineres com 22%, a carga solta e os granéis líquidos com 8% cada um.

As importações contribuíram com 5 milhões de toneladas, aumento de 65% e as exportações com 1.2 milhão, o que representa elevação de 48%. A navegação de longo curso registrou a movimentação de 5.4 milhões de toneladas, enquanto que a cabotagem contribuiu com 1 milhão.

GC - A estrutura portuária passa por um processo de expansão com um grande volume de obras para ampliar sua capacidade, com planejamento definido para o horizonte dos próximos de 20 anos. Qual o volume de recursos envolvidos nesse projeto?

Erasmo Pitombeira – No atual período do Governo do Estado do Ceará, somente na primeira fase, foram investidos no Terminal Portuário do Pecém nada menos que R$ 700 milhões, com previsão de, na fase em andamento, investir 600 milhões e nas fases futuras, cerca de R$ 2 bilhões, até que sejam implantadas a Companhia Siderúrgica do Pecém, e a Refinaria Premium II da Petrobras. O consórcio formado pelas empresas Construtora Marquise, Queiroz Galvão e Ivaí Engenharia de Obras, realiza as obras pelo valor de R$ 568,7 milhões, com previsão de término em 30 meses.

GC - Qual a fonte desses recursos?

Erasmo Pitombeira – Os recursos são provenientes do Governo federal, do BNDES e do Tesouro do Estado do Ceará.

GC - Em que estágio se encontram as obras? Qual o percentual de avanço físico?

Erasmo Pitombeira – O cronograma das obras de ampliação já atingiu 40%.

GC – Os principais esforços estão concentrados em que frentes, dentro do complexo portuário?

Erasmo Pitombeira – A expansão do terminal portuário é integrada por uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente com 1.520 metros de extensão, cujas obras estão em andamento. Também estão sendo executados a pavimentação de 1.065 metros sobre o quebra-mar; a ampliação do quebra-mar em cerca de 90 metros; o alargamento em cerca de 33 metros da ponte; a construção de 600 metros de cais com três berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres.

Estes últimos equipamentos serão voltados para operação com carga geral e produtos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), da Refinaria Premium II e da Ferrovia Nova Transnordestina. Está prevista, também, a ampliação do pátio da retro-área de aproximadamente 69.000 metros quadrados.

Os dois berços de atracação serão voltados para a exportação de placas da siderúrgica, enquanto a Ferrovia Transnordestina utilizará provisoriamente o Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT), cuja primeira etapa já foi inaugurada, até ter o seu próprio terminal.

A expectativa é que, com a nova ampliação, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) esteja composto por um berço no TMUT, um novo quebra-mar, dois berços de granéis sólidos; e cinco berços de granéis líquidos.

GC – O que se imagina é que esta estrutura, que promoverá a interface do porto com a ferrovia, terá grande importância no projeto de expansão de Pecém, não é verdade?

Erasmo Pitombeira – Este será um dos nossos grandes diferenciais. Um dos destaques do projeto de expansão é justamente a construção do terminal off shore dedicado exclusivamente para a operação da ferrovia. Enquanto isso não fica pronto, nós estamos reservando um berço exclusivo para a ferrovia, para ela iniciar as suas movimentações. A estrutura completa disporá de uma pera para a manobra das composições e de um terminal a ser acessado por uma rede de correias transportadoras, para embarque e desembarque de commodities.

GC – Quais serão as principais cargas a serem movimentadas pela ferrovia, nessa estrutura?

Erasmo Pitombeira – Está prevista, principalmente, a movimentação de minério de ferro, fertilizantes, calcário e grãos (soja e milho).

GC - Quantos empregos diretos estão sendo gerados pelas obras?

Erasmo Pitombeira – O total de empregos diretos e indiretos varia de acordo com as necessidades do consórcio que está executando as obras e também seguindo o que exige o cronograma.

GC - Está prevista uma terceira etapa da expansão do Porto do Pecém. Em que consiste?

Erasmo Pitombeira – A terceira etapa de expansão do Porto do Pecém está, inicialmente, orçada em R$ 1,3 bilhão. As novas obras preveem a criação de um quebra-mar com cerca de 2.800 metros, estrutura que permitirá a instalação de cinco berços para atender à futura refinaria de petróleo Premium II e dois berços para utilização da ferrovia Nova Transnordestina.

Atualmente, estão sendo elaborados os projetos executivos dos píeres. O projeto executivo do novo quebra-mar já está concluído. A previsão do governo é de que estas obras sejam iniciadas imediatamente após a conclusão da segunda etapa, com a expectativa de gerar 15 mil empregos diretos e indiretos durante todo o processo.

 

 

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