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Revista GC - Ed.22 - Dezembro 2011
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Balanço e Perspectivas

Brasil estará entre as cinco maiores economias globais

O setor de projetos de infraestrutura está em expansão, gerando novos contratos e aumentando a oferta de empregos. Já o setor imobiliário começou a apresentar arrefecimento indesejável.  A grande expectativa é que até 2020 o Brasil atinja o 5º ou 4º lugar no ranking das economias globais. Um pouco de retenção no ímpeto de crescimento do setor é salutar para propiciar a necessária reorganização do setor. Essa é a opinião de Aluízio de Barros Fagundes, presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo sobre os condicionantes para o setor da construção para 2012.

Para ele, a fase de estudos e projetos de engenharia está em expansão, o que indica previsão de implantação de obras públicas. “Porém, percebo uma grande desorganização na liberação dos recursos públicos, além de um avanço não harmônico nas ações da iniciativa privada. Continua a faltar planejamento por parte dos governos”.

Quanto aos investimentos e projetos, Fagundes destaca que há cinco anos despontava um novo ciclo de progresso no Brasil, que até então estava com a economia estagnada por duas décadas. Ressalta a falta


O setor de projetos de infraestrutura está em expansão, gerando novos contratos e aumentando a oferta de empregos. Já o setor imobiliário começou a apresentar arrefecimento indesejável.  A grande expectativa é que até 2020 o Brasil atinja o 5º ou 4º lugar no ranking das economias globais. Um pouco de retenção no ímpeto de crescimento do setor é salutar para propiciar a necessária reorganização do setor. Essa é a opinião de Aluízio de Barros Fagundes, presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo sobre os condicionantes para o setor da construção para 2012.

Para ele, a fase de estudos e projetos de engenharia está em expansão, o que indica previsão de implantação de obras públicas. “Porém, percebo uma grande desorganização na liberação dos recursos públicos, além de um avanço não harmônico nas ações da iniciativa privada. Continua a faltar planejamento por parte dos governos”.

Quanto aos investimentos e projetos, Fagundes destaca que há cinco anos despontava um novo ciclo de progresso no Brasil, que até então estava com a economia estagnada por duas décadas. Ressalta a falta de uma política e o respectivo planejamento para um crescimento seguro mas alerta para o fato de que a euforia ‘empanou’ as ações preparatórias para o novo ciclo”. “Veja, até a bandeira da Copa do Mundo de 2014, a realizar no ‘País do Futebol’, não foi suficiente para tomarmos providências tempestivas. Daí, digo que o principal gargalo a ser vencido é a nossa falta de competência técnica e gerencial. Nossos governos não possuem quadros qualificados para entender o problema e começar a agir”, destaca.

Ele destaca a desconfiança generalizada sobre desvios de conduta em tudo o que se refere à Engenharia. “O Ministério Público e os Tribunais de Contas veem malversação em todas as licitações e contratos e conseguem paralisar via Poder Judiciário as iniciativas do Poder Executivo. Tenho visto erros crassos de avaliação dos operadores do Direito, por desconhecerem os processos e procedimentos do setor essencialmente técnico da Engenharia”.

A seu ver, o erro mais comum dos inexpertos é imaginar que todas as obras parecidas têm de ter o mesmo preço, como se construções fossem produtos industriais de prateleira, gerados por um único fabricante. “Os inexpertos também desconhecem o mercado da construção, cujas conjunturas, inevitavelmente interferem no próprio interesse dos protagonistas, determinando preços diferenciados. Assim, injustificadamente, empreendimentos são cancelados ou postergados indefinidamente, pois a operação do Direito desconhece cronogramas. Atrasos em empreendimentos de infraestrutura trazem prejuízos absolutamente irrecuperáveis. O tempo perdido é como a seta disparada ou a má palavra proferida. Não volta mais”.

Aluízio de Barros Fagundes, no entanto, está otimista com as expectativas de médio e longo prazos. “As necessidades internas e os interesses externos pressionarão o progresso brasileiro. Por isso, em curto prazo, ou seja, nos próximos cinco anos, inevitavelmente, teremos de formar um quadro técnico proficiente, como base do futuro, não só no âmbito governamental, mas também nas empresas de engenharia. Teremos de rever conceitos e critérios de contratações, cooptando os operadores do Direito, Promotores, Advogados públicos e privados, Conselheiros de Tribunais de Contas, Juízes, Peritos Judiciais e outros para que venham a conhecer as facetas e organizações inerentes à atividade de construir, de modo a romper o nefasto paradigma da desconfiança que, infelizmente, por conta de um ou outro caso de malfeitoria, tomou conta do entorno da profissão do engenheiro”, finaliza.

 

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