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Revista GC - Ed.22 - Dezembro 2011
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Balanço e Perspectivas

Brasil em situação privilegiada

Apesar desse cenário internacional pouco favorável, as perspectivas para a construção no Brasil continuam positivas para 2012, na opinião de Carlos Mauricio Lima de Paula Barros, Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) . “Temos uma projeção de investimentos de longo prazo bastante importantes, principalmente no setor de óleo e gás relacionados à exploração do pré-sal e novas refinarias, na infraestrutura de transportes para a Copa e Olimpíadas, energia, biocombustíveis e no agronegócio de maneira geral”, diz. Os setores de mineração e siderurgia, química e papel e celulose, ainda que mais impactados pela crise econômico-financeira, devem dar continuidade aos seus investimentos, estimulados pela demanda interna e, no mercado externo, pela China, que deve manter um ritmo de crescimento significativo avalia o empresário.

A continuidade de investimentos, projetos e obras previstas e em andamento, especialmente no segmento de óleo e gás, na avaliação do empresário, permitiram às empresas do setor de engenharia industrial, em geral, manter suas atividades em ritmo


Apesar desse cenário internacional pouco favorável, as perspectivas para a construção no Brasil continuam positivas para 2012, na opinião de Carlos Mauricio Lima de Paula Barros, Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) . “Temos uma projeção de investimentos de longo prazo bastante importantes, principalmente no setor de óleo e gás relacionados à exploração do pré-sal e novas refinarias, na infraestrutura de transportes para a Copa e Olimpíadas, energia, biocombustíveis e no agronegócio de maneira geral”, diz. Os setores de mineração e siderurgia, química e papel e celulose, ainda que mais impactados pela crise econômico-financeira, devem dar continuidade aos seus investimentos, estimulados pela demanda interna e, no mercado externo, pela China, que deve manter um ritmo de crescimento significativo avalia o empresário.

A continuidade de investimentos, projetos e obras previstas e em andamento, especialmente no segmento de óleo e gás, na avaliação do empresário, permitiram às empresas do setor de engenharia industrial, em geral, manter suas atividades em ritmo crescente. O agravamento da crise econômico-financeira internacional, no entanto, impactou negativamente os setores que dependem fortemente do mercado externo, especialmente os ligados à mineração, siderurgia e papel e celulose, além de, a partir do segundo semestre de 2011, observar-se uma análise muito mais cuidadosa das empresas em relação aos planos de investimentos, enfatiza ele.

“Os investimentos no setor de infraestrutura precisam ter forte aceleração, para estarmos razoavelmente preparados para os eventos esportivos”. Somados a estes, os projetos do PAC da área de energia capitaneados pelas grandes hidrelétricas, os parques eólicos, a construção de Angra III, os projetos de transporte e comunicações devem ser superiores ao previsto para 2012, visto alguns terem escorregado no tempo. O crescimento do PIB em 2012, devido à atuação do governo federal no sentido de incentivar a atividade econômica, com a redução da taxa de juros e outras medidas de estímulo à economia são vetores que darão impulso ao setor”, declara ele.

Segundo Mauricio, nos setores de petróleo e gás, energia elétrica, mineração, química, siderurgia, e papel e celulose, especialmente em petróleo e gás e energia elétrica, os investimentos e projetos devem ser mantidos, pois há perspectivas claras de retorno financeiro e social. “O maior gargalo nacional é o da competitividade, que está relacionado a diversos fatores, com destaque para o Custo Brasil, para o domínio tecnológico e para a formação e capacitação da mão de obra”, alerta. Do Custo Brasil tem relevância a alta carga tributária e impostos não recuperáveis, encargos sociais e trabalhistas, custos de logística e custo de financiamentos. “Estes são da competência do governo resolvê-los.”

O domínio de tecnologias de ponta, principalmente as relacionadas à exploração e produção de petróleo no mar, poderia trazer para o Brasil uma fatia importante de produtos e serviços que hoje são comprados em outros países. As exigências de Conteúdo Nacional mínimo nestes projetos vem motivar as empresas estrangeiras a virem para o Brasil, formando novas empresas ou parcerias com empresas nacionais, o que dará um melhor equacionamento a essa questão, diz ele.

A formação e capacitação de mão de obra especializada é o gargalo mais importante que deve ser atacado em conjunto, pelo governo e pela iniciativa privada e que tem efeito direto no aumento da competitividade, na geração de empregos e na nossa capacidade de executar os projetos nos prazos contratados. “É importante ressaltar que esta é uma área na qual o Brasil pode superar seus entraves dependendo unicamente das ações ordenadas, com os recursos financeiros sendo aplicados nos setores prioritários, com participação atuante de governo, iniciativa privada e sindicatos trabalhando em consonância”.

Ele considera que o Brasil está numa situação relativamente privilegiada, comparada aos países plenamente desenvolvidos,como Estados Unidos, Europa e Japão,devido a uma série de fatores conjunturais e ações governamentais que permitiram ao país ser considerado pela maioria das instituições de governança econômico-financeira mundial como um dos mais estáveis atualmente. “Temos instituições democráticas e em pleno funcionamento; clima, solo e área para agricultura, que permitem ao país ser um dos celeiros do mundo; o pré-sal com perspectivas reais de tornar nosso país uma potência exportadora de petróleo; temos as realizações da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 alavancando o turismo e investimentos em infraestrutura em nossas principais capitais. Em resumo, o Brasil estará “na foto” nos próximos cinco anos. Cabe a nós fazer a nossa imagem bonita ou feia.”

 

 

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