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Revista GC - Ed.30 - Setembro 2012
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Editorial

BNDES apoia a indústria da construção dentro e fora do Brasil

Nesta edição, publicamos matéria especial sobre o BNDES que há 60 anos tem participação fundamental no desenvolvimento da infraestrutura do País

Nesta edição, publicamos matéria especial sobre o BNDES que há 60 anos tem participação fundamental no desenvolvimento da infraestrutura do País e, por consequência, na consolidação do processo de crescimento econômico sustentável. Nessa trajetória, o banco tornou-se o principal instrumento de financiamento de longo prazo para os diversos segmentos da economia, com forte dimensão social e ambiental, incentivando a inovação, o desenvolvimento local e regional.

Mas merece atenção, também, o papel da instituição como agente da política externa brasileira, na integração da América do Sul. Essa atuação foi incorporada às missões do banco a partir de 2003, partindo do princípio que a expansão dos mercados nacionais e do comércio entre os países latino-americanos é fundamental para acelerar o desenvolvimento econômico com justiça social e que a América Latina é um dos principais destinos das exportações brasileiras de bens e serviços com alto valor agregado.

Entre as ações implementadas, destaca-se o estímulo à ação de empresas brasileiras no continente, financiando o comércio exterior e a internacionalização de empresas brasileiras, com financiamentos a custos e prazos diferenciados. A contrapartida esperada é o aumento das exportações, a transferência de tecnologia e a repatriação de divisas.

A integração do BNDES com o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR) da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) tem cumprido importante papel na


Nesta edição, publicamos matéria especial sobre o BNDES que há 60 anos tem participação fundamental no desenvolvimento da infraestrutura do País e, por consequência, na consolidação do processo de crescimento econômico sustentável. Nessa trajetória, o banco tornou-se o principal instrumento de financiamento de longo prazo para os diversos segmentos da economia, com forte dimensão social e ambiental, incentivando a inovação, o desenvolvimento local e regional.

Mas merece atenção, também, o papel da instituição como agente da política externa brasileira, na integração da América do Sul. Essa atuação foi incorporada às missões do banco a partir de 2003, partindo do princípio que a expansão dos mercados nacionais e do comércio entre os países latino-americanos é fundamental para acelerar o desenvolvimento econômico com justiça social e que a América Latina é um dos principais destinos das exportações brasileiras de bens e serviços com alto valor agregado.

Entre as ações implementadas, destaca-se o estímulo à ação de empresas brasileiras no continente, financiando o comércio exterior e a internacionalização de empresas brasileiras, com financiamentos a custos e prazos diferenciados. A contrapartida esperada é o aumento das exportações, a transferência de tecnologia e a repatriação de divisas.

A integração do BNDES com o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR) da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) tem cumprido importante papel na viabilização de financiamentos a esses investimentos. Em linhas gerais, trata-se de um acordo entre 12 bancos centrais latino-americanos, que estabelece um mecanismo de compensação entre os débitos e créditos referentes aos pagamentos oriundos da atividade comercial no bloco. Tal acordo também prevê um sistema de garantias aos pagamentos e torna os BCs participantes corresponsáveis por eventuais inadimplementos.

De caráter extremamente técnico, o instrumento é pouco conhecido pelo grande público, mas muito popular entre os exportadores brasileiros. Através dele, o banco tornou-se um dos principais financiadores de empreendimentos voltados à integração de infraestrutura sul-americana, conduzidos, em boa medida, pelos conglomerados de engenharia e construção com sede no Brasil. A ação do banco envolve a coordenação com outras instâncias governamentais, tais como o Ministério de Relações Exteriores.

Entre 2003 e 2010, o banco aprovou mais de US$ 10 bilhões em financiamento a obras na região. Em 2010, o valor dos desembolsos foi de US$ 687 milhões; em 2011, cerca de US$ 870 milhões; e em 2012 deve fechar em US$ 1 bilhão. Nos últimos dez anos, o financiamento de obras regionais com recursos do BNDES repassados às empreiteiras aumentou 1.185%.

Como exemplo de obras beneficiadas com esses recursos, lembramos, na Argentina, a construção e ampliação da rede de gasodutos com aproximadamente US$ 1,9 bilhão; e o aqueduto do Chaco, com

US$ 180 milhões. Na Venezuela, o CCR foi utilizado como garantia no financiamento de US$ 121 milhões para exportação de equipamentos para a hidrelétrica La Vueltosa, e para financiar as obras da linha 3 do metrô de Caracas, com US$ 78 milhões. Para o Equador, o CCR também garantiu o contrato de empréstimo de US$ 50 milhões para obras do aeroporto de Tena, além de US$ 150 milhões para as obras da hidrelétrica San Francisco. Isso entre muitas outras.

O mesmo modelo é reproduzido na África. Lá o BNDES financia empresas brasileiras em obras em Angola, Gana, Moçambique e África do Sul, na infraestrutura urbana e rural, no tratamento de esgoto, geração e distribuição de energia, aeroportos e portos.

Nessa atuação, dentro do marco conceitual do banco, interesses públicos e privados se unem de forma saudável, que tem de ser estimulada. A necessidade de apoio às empresas brasileiras é justificada pelos ganhos gerados para todo o País, e não somente às próprias empresas. Parabéns e vida longa ao BNDES!

Paulo Oscar Auler Neto

Vice-presidente da Sobratema

 

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