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Tribunal aponta atrasos nos preparativos de Cuiabá para a Copa

VLT e estádio têm prazos apertados; confira o panorama das obras do Mundial em Mato Grosso

Portal 2014

25/03/2013 13h36


A Copa do Mundo de 2014 se aproxima, mas a conclusão dos projetos de Cuiabá parece mais distante. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), divulgado na última segunda-feira (18/3), apontou que apenas duas das 24 obras de infraestrutura na capital mato-grossense estão prontas; somente uma cumpre o cronograma à risca e outras 21 contabilizam atrasos.

Entre as obras prontas, estão o Módulo Operacional Provisório (MOP) do aeroporto Marechal Rondon e uma das etapas do Corredor Mario Andreazzareferente à ponte duplicada. Já entre as consideradas atrasadas, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá-Várzea Grande e a Arena Pantanal, estádio que receberá quatro partidas em 2014.

O titular da secretaria

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A Copa do Mundo de 2014 se aproxima, mas a conclusão dos projetos de Cuiabá parece mais distante. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), divulgado na última segunda-feira (18/3), apontou que apenas duas das 24 obras de infraestrutura na capital mato-grossense estão prontas; somente uma cumpre o cronograma à risca e outras 21 contabilizam atrasos.

Entre as obras prontas, estão o Módulo Operacional Provisório (MOP) do aeroporto Marechal Rondon e uma das etapas do Corredor Mario Andreazzareferente à ponte duplicada. Já entre as consideradas atrasadas, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá-Várzea Grande e a Arena Pantanal, estádio que receberá quatro partidas em 2014.

O titular da secretaria da Copa em Mato Grosso (Secopa-MT), Mauricio Guimarães, admitiu os atrasos e cobrou mais agilidade na execução dos trabalhos.

“Evidente que tem de acelerar o ritmo. Evidente, também, que as fases da obra que se iniciam agora requerem ritmos e turnos diferenciados, com mais gente no canteiro de obras”, afirmou Guimarães, em entrevista coletiva na última terça-feira (19), na qual ainda garantiu que as sugestões do TCE-MT serão “avaliadas e ponderadas”.

O relatório (clique aqui para acessar) traz atualizações das obras datadas de janeiro e inclui projetos que não necessariamente têm a ver com a Copa do Mundo (não constam da Matriz de Responsabilidades da Copa), mas oferece um panorama geral sobre a preparação da capital cuiabana para 2014.

Principal obra de mobilidade, o VLT é um dos que mais preocupam. A obra, orçada em R$ 1,477 bilhão, estava 5,82% executada em janeiro, quando o previsto era que estivesse 38% concluída, de acordo com estimativa do TCE-MT. A Secretaria da Copa em Mato Grosso (Secopa-MT), por outro lado, informou que o percentual de execução era de 22% na última medição, em fevereiro, e que, portanto, o VLT se encontra dentro do prazo.

O mês de entrega da obra permanece o mesmo: março de 2014. Nos dois últimos anos, o cronograma ficou comprometido com a polêmica mudança de modal no Ministério das Cidades (alteração de BRT para VLT em 2011, com valor quase quatro vezes maior) e com os atrasos na elaboração do edital de licitação. Hoje, o sistema sobre trilhos tem quatro frentes de trabalho e emprega mais de 700 operários na obra, divididos em três turnos, tudo para recuperar o tempo perdido.

De setembro de 2012, quando a obra começou, até agora, foram realizadas as obras-de-arte: quatro trincheiras e um dos viadutos, dispostos ao longo dos 22 km de extensão do VLT, já foram iniciados. Mas a implantação da via permanente e a chegada dos primeiros trens só acontecem a partir do mês de junho.

A Matriz de Responsabilidades da Copa ainda traz, na categoria “mobilidade do entorno”, obras de adequação viária e acessibilidade na Arena Pantanal, orçadas em R$ 145 milhões.

Sobre essas intervenções, o governo de Mato Grosso garante que elas já estão em andamento e não preocupam. A exceção é a trincheira da Mário Andreazza, cuja obra se encontra “momentaneamente paralisada”, de acordo com a Secopa.

A intervenção estava a cargo da Ster Engenharia, empreiteira que não conseguiu dar conta do volume de obras e teve o contrato rompido. O governo vai realizar uma nova licitação, mas garante que a trincheira, fundamental para o motorista que vem de Várzea Grande ou do aeroporto Marechal Rondon e precisa acessar a Arena Pantanal, não corre riscos.

Estádio: precisa acelerar

O relatório do TCE-MT não apresenta um panorama positivo da Arena Pantanal. Pelo contrário: o documento calcula que o estádio da Copa em Cuiabá, se quiser ser entregue até dezembro de 2013, precisaria triplicar o ritmo de obras em relação ao ano passado; e cobra um “acompanhamento rigoroso” por parte da Secopa para cobrir a ausência da construtora Santa Bárbara que, atolada em dívidas, deixou o consórcio.

O órgão auditor ainda aponta que o percentual de execução da obra aferido (cerca de 53%) é menor do que aquele divulgado pelo governo do estado (62%, relativo a fevereiro). Consultada, a Secopa explicou que utiliza os métodos de acompanhamento da construtora e que a medição do TCE só leva em conta o montante contratado para a obra, e não a execução civil real.

Na obra em si, a grande novidade é que a chegada das estruturas metálicas da cobertura está prevista para abril e o plantio do gramado deve começar em maio.

Aeroporto

Na alça de mira do TCE-MT, as obras no aeroporto internacional Marechal Rondon não são fonte de preocupação para a Infraero, que administra o equipamento.

Segundo a estatal, a reforma do aeroporto foi dividida em três fases: a primeira, referente ao MOP de desembarque, foi concluída em 2011, a um custo de R$ 2,9 milhões.

A segunda fase (edifício administrativo e demolições no aeroporto) também já se encontra executada. A terceira etapa, a mais complexa, que envolve ampliação do terminal e do estacionamento, a reforma do setor de embarque, a adequação do sistema viário e a construção de uma estação de tratamento de esgoto, segue em andamento.

A Infraero não forneceu um percentual de execução destas obras, mas garantiu que a construção acontece conforme o programado. A reforma e a ampliação do aeroporto Marechal Rondon devem ser finalizadas até dezembro de 2013, e o custo total é de R$ 87,5 milhões, de acordo com a Matriz de Responsabilidades.

Quando estiver 100% finalizado, o aeroporto de Cuiabá terá a sua capacidade total ampliada de 2,5 milhões, em 2011, para 5,7 milhões de passageiros transportados ao ano.

 

 

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