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Transporte de passageiros em trens cai e avanço da malha ainda é incerto

Expectativa de 50 novos quilômetros de trilhos urbanos em 2016 foi frustrada e apenas 21,7 km saíram do papel; ANPTrilhos quer 216 km até 2021, mas situação financeira de estados preocupa

DCI

05/04/2017 11h58 | Atualizada em 06/04/2017 02h53


São Paulo - O número de passageiros transportados pelo sistema de trens urbanos diminuiu um milhão em 2016, passando de 2,92 bilhões em 2015 para 2,91 bilhões. No mesmo período 21,7 quilômetros (km) de malha foram construídos, contra 10,2 km do ano anterior.

Ainda que pequena, a redução no número de usuários foi registrada pela primeira vez desde que a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) começou a elaborar estudos anuais sobre o modal; a título de comparação, o número de passageiros havia crescido 5 milhões em 2015 frente 2014.

De acordo com o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, a retração tem ligação direta

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São Paulo - O número de passageiros transportados pelo sistema de trens urbanos diminuiu um milhão em 2016, passando de 2,92 bilhões em 2015 para 2,91 bilhões. No mesmo período 21,7 quilômetros (km) de malha foram construídos, contra 10,2 km do ano anterior.

Ainda que pequena, a redução no número de usuários foi registrada pela primeira vez desde que a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) começou a elaborar estudos anuais sobre o modal; a título de comparação, o número de passageiros havia crescido 5 milhões em 2015 frente 2014.

De acordo com o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, a retração tem ligação direta com o nível de desemprego no País, que fechou 2016 em 11,5%. "Muitas pessoas perderam motivo para se deslocar", afirma Flores, pontuando que o vai e vem diário dos trabalhadores representa de 70% a 80% do total de viagens. Segundo o executivo, a redução nas viagens custeadas pelo vale transporte chamou atenção de algumas das operadoras.

Os efeitos da recessão econômica também pressionaram a construção da malha. "Havia a expectativa de construir 50 quilômetros em 2016, mas ela foi frustrada", admite Flores, citando a situação financeira complicada dos estados como entrave. "É tudo fruto de contingenciamento de recursos, que implica em atraso e certamente em aumento de custos". Entre os empreendimentos afetados estão as extensões de três linhas (Verde, Amarela e Lilás) de Metrô e da linha 15 (Prata) do monotrilho paulista; as linhas 17 e 18 (Ouro e Bronze) do monotrilho e 6 (Laranja), também em São Paulo e ainda em fase de implantação; e a Linha 4 (Amarela) e o VLT (veículo leve sobre trilhos) cariocas, que foram entregues parcialmente.

Dos 21,7 km construídos em 2016, 18,5 km vieram do Rio de Janeiro, que sediou a Olimpíada no ano passado: 12,3 km na Linha 4 e 6,2 km no VLT. O Metrô baiano foi responsável pelos 3,2 km restantes.

Em 2017, a expectativa da ANPTrilhos prevê a construção de 29 novos km. Deste total, 17,4 km devem sair Bahia - impulsionados pela ligação da Linha 2 até o aeroporto internacional de Salvador - e outros 2,7 km, do Metrô de Maceió (AL). A segunda fase do VLT carioca deve gerar mais 4,3 km de malha para o transporte de passageiros, enquanto a extensão do VLT da Baixada Santista será responsável por 4,7 km.

Uma projeção da ANPTrilhos prevê a construção de 216 km nos próximos cinco anos; se excluídos os 29 km aguardados para 2017, a meta exigiria uma média de 46,7 km por ano até 2021. De acordo com a entidade (que agrega operadores de 11 estados), há potencial para tal: pelo menos 24 projetos (entre metrôs, trens urbanos, regionais e VLT) com potencial foram mapeados em cidades como Brasília, Goiânia, Recife, Teresina, Belo Horizonte e Curitiba   .

"Muitos deles possuem até projeto base: só falta o recurso para licitar e contratar", afirma Flores. O trem regional ligando a capital paulista ao interior é um exemplo. "Já há quatro estudos de trens regionais para Campinas, Santos, Sorocaba e São José, mas ainda há o desafio de equacionar o compartilhamento das vias [com os operadores do transporte de cargas]", destaca o executivo.

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