Infraestrutura
DCI
10/12/2015 00h40
Para resistir ao encolhimento da malha aérea, as empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo, chamadas Esatas, deverão ir além de redução de custo e inovar o modelo de negócios. Segundo empresários ouvidos pelo DCI, novas parcerias, clientes internacionais e expansão de nichos de mercado são alternativas para 2016.
No acumulado de janeiro a outubro, o setor cresceu cerca de 6%, apontou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Abesata), Ricardo Miguel.
A exceção foi em novembro, que teve queda de 2% após o anúncio de redução da malha aérea. "No acumulado de 2015, o mercado deve fechar com crescimento simbólico entre 3% e 4%", comenta.
Mesmo com a diminui
...Para resistir ao encolhimento da malha aérea, as empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo, chamadas Esatas, deverão ir além de redução de custo e inovar o modelo de negócios. Segundo empresários ouvidos pelo DCI, novas parcerias, clientes internacionais e expansão de nichos de mercado são alternativas para 2016.
No acumulado de janeiro a outubro, o setor cresceu cerca de 6%, apontou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Abesata), Ricardo Miguel.
A exceção foi em novembro, que teve queda de 2% após o anúncio de redução da malha aérea. "No acumulado de 2015, o mercado deve fechar com crescimento simbólico entre 3% e 4%", comenta.
Mesmo com a diminuição de malha das companhias aéreas nacionais este ano, o executivo acredita que a ampliação de alguns aeroportos brasileiros e o aumento da procura de terceirização pelas aéreas - em busca de redução de custo - ajudaram a amenizar a queda. "Uma companhia nacional tinha 90% de seu serviço internalizado e hoje tem apenas 70%", indica o executivo.
"Mas essa margem de transferir serviço está esgotando e deve cair em 2016", lamenta Miguel. Para ele, a tendência de alta do preço do combustível e o aumento do dólar ante o real, que influencia o custo de manutenção, indicam um cenário difícil para as companhias aéreas e, consequentemente, para as Esatas. "Os executivos estão viajando menos, assim como as famílias. Se não equacionar, vai nos afetar", completa Miguel, ao assinalar que a saída é alta na oferta de serviços.
Projeção
Na procura de novas alternativas para alavancar as receitas em 2016, o diretor de relações com o mercado da VitSolo, Francisco Gonçalves contou que irá ampliar o número de clientes internacionais e expandir sua atuação no segmento de aviação executiva. Faz apenas três meses que a empresa começou a atender o segmento, que representa 3% de sua receita atualmente. "Para 2016 queremos que seja 10%", afirmou Gonçalves. Segundo ele, a projeção é que, no período dos Jogos Olímpicos de 2016, o segmento tenha um boom de atendimentos. "Queremos triplicar a nossa base. Só no período dos Jogos atingiremos o objetivo", analisou.
Atualmente os clientes da empresa são 23% internacionais e 67% domésticos. "No próximo ano esperamos que seja 50% e 50%", revela.
Este ano a companhia fechará com queda entre 6% e 7% do faturamento e da demanda por serviços, em comparação com 2014. "Esperávamos um aquecimento na alta temporada, mas terá os mesmos níveis do ano passado", disse.
Segundo ele, o orçamento da empresa só se manteve por redução de custo. "Revisamos os processos administrativos e operacionais", aponta. Além disso, a reavaliação da frota foi o que mais rendeu resultados. A empresa realiza manutenções preventivas semanalmente e corretivas (quando o equipamento quebra) e neste ano a operação semanal foi reforçada. "É mais barata e evita gastos com reparos", analisa.
Já a RM Ground Services, adquirida em grande parte recentemente pela emiradense Dnata, aproveitará a nova parceria para atrair empresas internacionais à sua base de clientes. De acordo com o CEO da RM, Ricardo Morrison, a empresa iniciará o quanto antes o processo de integração de sistema e operação com a Dnata - incluindo mudança de uniforme e imagem da companhia. "Ganharemos força e participação de mercado por causa do posicionamento global da Dnata", diz Morrison. O objetivo é que as empresas que já possuem contratos com a Dnata em outros países procurem a companhia no Brasil.
Desafios
Segundo Morrison, a companhia atingiu este ano "a média anual de faturamento". O principal motivo do resultado foi a abertura de cinco novas filiais, totalizando 24 em todo o Brasil.
A expectativa para 2016 é manter o nível de 2015. "Nos preocupamos com os custos que este ano aumentaram entre 18% e 20%." Outro ponto, citado por ele, é a taxa cobrada pelas concessionárias aeroportuárias. Ele afirma que estão entre três e quatro vezes mais caras que cobrado antes pela Infraero. "Analisamos voo a voo, mas estamos ficando sem manobra para reduzir custo", finaliza.
16 de abril 2020
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