Infraestrutura
Valor Econômico
05/09/2012 11h02 | Atualizada em 05/09/2012 17h31
Com 194 mil metros quadrados e capacidade para 12 milhões de passageiros por ano até 2014, o terminal será erguido pela construtora OAS e nascerá pronto para funcionar com procedimentos automatizados de check-in, despacho de bagagens e embarque.
Ao Valor, o presidente da Concessionária Aeroporto Internacional Guarulhos, Antonio Miguel Marques, disse que foi contratada a empresa de consultoria europeia Société Internationale de Télécommunications Aéronautiques (Sita) para o planejamento das novas tecnologias.
Embora o procedimento automatizado ainda dependa de flexibilização de legislações, a ideia é que o passageiro possa fazer os procedimentos por conta própr
...Com 194 mil metros quadrados e capacidade para 12 milhões de passageiros por ano até 2014, o terminal será erguido pela construtora OAS e nascerá pronto para funcionar com procedimentos automatizados de check-in, despacho de bagagens e embarque.
Ao Valor, o presidente da Concessionária Aeroporto Internacional Guarulhos, Antonio Miguel Marques, disse que foi contratada a empresa de consultoria europeia Société Internationale de Télécommunications Aéronautiques (Sita) para o planejamento das novas tecnologias.
Embora o procedimento automatizado ainda dependa de flexibilização de legislações, a ideia é que o passageiro possa fazer os procedimentos por conta própria e necessite de um funcionário apenas “na porta do avião”.
O terminal terá um hotel dentro da área de embarque o que dispensará procedimentos de imigração para o passageiro que chegar a Guarulhos tendo como destino final outro país.
Serão 50 apartamentos de padrão cinco estrelas. Outro hotel ainda será construído até 2014, com 250 quartos e mesmo padrão em frente ao terminal.
Para acelerar o ritmo de obras e garantir a entrega da obra antes da Copa do Mundo, que inicia em junho de 2014, a concessionária está encomendando estruturas pré-moldadas a seis empresas especializadas.
Segundo Marques, dos 190 mil m2, 140 mil m2 (ou 72%) serão construídos fora do local do terminal. Isso evita, inclusive, o risco de atrasos nas obras no caso de ocorrência de greves, diz Marques.
Somente voos internacionais irão operar no novo prédio, que estará apto para receber grandes aeronaves – como o Airbus A380 e o Boeing 747-800.
Para isso, serão necessárias também reformas nas duas pistas do aeroporto, que passarão de 45 metros para 60 metros de largura até 2014.
O terminal, os hotéis, as reformas nas pistas, a ampliação do pátio de aeronaves (para 111 vagas) e a criação de 7,4 mil vagas de estacionamento para automóveis são as principais obras previstas até o Mundial de futebol.
O investimento por parte da concessionária será de R$ 2,6 bilhões até esse prazo – montante que sofreu atualização, já que antes era calculado em R$ 2 bilhões.
Desse montante, 30% são aportes a cargo da concessionária e 70% serão oriundos de financiamento de diferentes instituições.
Segundo Marques, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal credor, já enquadrou o pedido.
Para futuras obras, a concessionária pode começar a usar capital oriundo das receitas do próprio aeroporto. Em 2012, diz Marques, o faturamento de Guarulhos deve crescer 17%, para R$ 1,4 bilhão aproximadamente.
As receitas passam a ser contabilizadas pela nova concessionária a partir de 15 de novembro. É nessa data que se inicia a segunda etapa do período de transição de gestão da Infraero à nova gestora.
Serão seis meses de transição. De agosto a novembro, a estatal opera e as empresas privadas acompanham. De novembro em diante, até fevereiro de 2013, os papéis se invertem e, em seguida, a nova concessionária assume.
A concessionária é controlada pelo consórcio formado por Invepar (90%) e ACSA (10%), que foi vencedor do leilão ocorrido em fevereiro. Juntas, as duas empresas têm 51% da Guarulhos Participações (Grupar) e a Infraero tem os 49% restantes. Cada uma será responsável proporcionalmente pelos investimentos.
Pelo contrato firmado, as empresas privadas tinham o direito de escolha da construtora responsável pelas obras, segundo Marques. A OAS, que é acionista da própria Invepar, foi a escolhida e está cobrando “preços de mercado”, segundo Marques.
O executivo adiantou ainda que, até 2016, estão previstas construções de um shopping center, um centro de convenções, mais hotéis, mais um edifício garagem e a duplicação do terceiro terminal – que receberá um segundo finger.
Com isso, a capacidade total do aeroporto irá a pouco mais de 50 milhões de passageiros por ano. Em 2012, segundo Marques, a previsão é alcançar 33 milhões de passageiros.
16 de abril 2020
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