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SP: Guarulhos inaugura terminal antes da Copa

Maior terminal de passageiros da América Latina, principal porta de entrada do Brasil e símbolo da falta de investimentos em infraestrutura aeroportuária no país, o Aeroporto de Guarulhos (SP) passa pela maior ampliação de sua curta história.

Valor Econômico

19/06/2013 13h19


Nos próximos três anos a concessionária que administra o aeroporto, uma união entre os grupos Invepar e Airports Company South Africa (ACSA), promete mais do que dobrar a capacidade de passageiros de Guarulhos, que hoje está em torno de 21 milhões por ano.

Para isso, está investindo R$ 3 bilhões até maio do ano que vem e garante alocar outros R$ 3 bilhões até o fim da concessão de 20 anos, iniciada em 2012. “Fizemos algumas melhorias, mas antes da Copa do Mundo vamos inaugurar a primeira fase do Terminal 3, o que vai transformar Guarulhos”, diz o presidente da concessionária, Antônio Miguel Marques.

Construído em 1984, Guarulhos hoje recebe um volume 50% a mais de passageiros do que sua capacidade nominal, não consegue at

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Nos próximos três anos a concessionária que administra o aeroporto, uma união entre os grupos Invepar e Airports Company South Africa (ACSA), promete mais do que dobrar a capacidade de passageiros de Guarulhos, que hoje está em torno de 21 milhões por ano.

Para isso, está investindo R$ 3 bilhões até maio do ano que vem e garante alocar outros R$ 3 bilhões até o fim da concessão de 20 anos, iniciada em 2012. “Fizemos algumas melhorias, mas antes da Copa do Mundo vamos inaugurar a primeira fase do Terminal 3, o que vai transformar Guarulhos”, diz o presidente da concessionária, Antônio Miguel Marques.

Construído em 1984, Guarulhos hoje recebe um volume 50% a mais de passageiros do que sua capacidade nominal, não consegue atender a demanda crescente de voos por não ter mais área de estacionamento de aeronaves e, invariavelmente, é sinônimo de desconforto para quem precisa utilizá-lo.

No ano passado, cerca de 32 milhões de passageiros passaram por ele. Neste ano a previsão é de que esse número chegue a 36 milhões. Mesmo assim, lotado e defasado, continua a concentrar a maior parte do tráfego aéreo nacional e internacional e se mantém na liderança entre os terminais aeroportuários na América Latina.

No ranking mundial, no entanto, se mantém distante dos maiores do mundo, como o de Atlanta, nos Estados Unidos, com seus 95 milhões de passageiros ano ou e de Pequim, na China, com 81 milhões de embarques e desembarques.

Mas se tudo ocorrer como a concessionária de Guarulhos espera, em menos de uma década o aeroporto deve galgar boas posições neste ranking (hoje não está nem entre os 30 maiores).

Miguel Marques acredita que o terminal deve movimentar cerca de 60 milhões de passageiros até 2020, mais ou menos o que o Charles De Gaulle, em Paris, obteve em 2012, o que lhe possibilitou ficar entre os 10 maiores do mundo, de acordo com os dados da Airport Council International.

Para conseguir absorver essa demanda, parte da estrutura já estará pronta em 2016, quando terminam as obras de todo o terminal 3. “Hoje conseguimos operar, com algum desconforto, é verdade, com 36 milhões de passageiros e em três anos nossa capacidade vai ser ampliada em mais 24 milhões”, diz ele.

O terminal três é a menina dos olhos de Guarulhos – e do governo federal, que tem no aeroporto paulista o principal exemplo de sua política de concessões no setor.

Na primeira fase da obra, que o grupo promete entregar em maio do ano que vem, haverá espaço, com folga, para novos 12 milhões de passageiros.

A segunda parte da obra, ampliando a capacidade em mais 12 milhões de usuários, ocorre antes do início dos jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Dimensões à parte, o novo terminal seguirá a tendência dos principais aeroportos mundiais. Será dedicado exclusivamente aos voos internacionais e contará com uma ampla oferta de serviços.

Um shopping center será construído, assim como dois hotéis. Um, de três estrelas, com 50 quartos, e outro, de cinco estrelas, com 250 quartos, a ser erguido na parte externa do terminal.

Um novo edifício garagem, que já está sendo operado de forma parcial, também será instalado. Galerias cobertas com esteiras rolantes farão a ligação com os terminais 1 e 2, que recebem a maior parte dos passageiros hoje. “Conseguiremos criar 36 novas posições de aeronave no solo. Hoje só temos 54, e estamos sempre lotados, parece estacionamento de shopping”, afirma Miguel Marques.

Mesmo com todo o crescimento, há consenso de que Guarulhos continuará o maior, mas nem de longe será o único grande aeroporto de São Paulo.

O presidente do grupo que administra o aeroporto acredita que a maior concorrência se dará com Viracopos. E não só por passageiros. “Até agora não podíamos receber aviões cargueiros, mas mesmo assim, com a carga vindo apenas no porão dos voos comerciais, ainda somos os maiores do país”, diz o executivo.

Adalberto Febeliano, professor do curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi, acredita que a tendência é de que haja até mais um aeroporto na região metropolitana.

“É assim no mundo todo, as grandes cidades têm dois, três, às vezes até seis aeroportos operando de forma conjunta”, diz. Para ele, a questão aeroportuária de São Paulo estará resolvida pela próxima década. Depois disso, provavelmente, acredita ele, um novo terminal terá que ser construído. “Na verdade, acho que nosso setor se saiu bem”, diz.

 

 

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