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Rodovias, portos e geração de energia serão foco de aportes

Tendências para 2017. Com a diminuição dos riscos políticos e econômicos no Brasil no mundo, empresas vão priorizar investimentos em infraestrutura. Estes devem avançar 10% no ano.

DCI

24/11/2016 08h51


O setor de infraestrutura será o principal destino dos investimentos privados em 2017 no Brasil, assim que reduzidas as incertezas políticas e econômicas nos ambientes doméstico e internacional.

Uma pesquisa da consultoria empresarial Deloitte com 746 companhias indica que os aportes no segmento devem ter crescimento de 10% no próximo ano, em relação a 2016.

A maior parte dos desembolsos das empresas serão direcionadas para obras de rodovias (38%), seguidas dos projetos de geração de energia elétrica (35%), de portos (30%) e de urbanização (29%). Segundo a Deloitte, essas iniciativas devem provocar uma expansão de 10% na atividade da infraestrutura como um todo.

O sócio da área de desenvolvimento de marketing da c

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O setor de infraestrutura será o principal destino dos investimentos privados em 2017 no Brasil, assim que reduzidas as incertezas políticas e econômicas nos ambientes doméstico e internacional.

Uma pesquisa da consultoria empresarial Deloitte com 746 companhias indica que os aportes no segmento devem ter crescimento de 10% no próximo ano, em relação a 2016.

A maior parte dos desembolsos das empresas serão direcionadas para obras de rodovias (38%), seguidas dos projetos de geração de energia elétrica (35%), de portos (30%) e de urbanização (29%). Segundo a Deloitte, essas iniciativas devem provocar uma expansão de 10% na atividade da infraestrutura como um todo.

O sócio da área de desenvolvimento de marketing da consultoria Othon Almeida comenta que o aquecimento do setor virá na esteira dos projetos de concessões e privatizações dos governos estaduais, bem como do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), de âmbito federal. "Algumas rodovias já estão em processo de privatização no estado de São Paulo", diz ele.

O Programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo (SP), por exemplo, já está em andamento e compreende trechos das rodovias SP-266, SP-294, SP-322, SP-328, SP-330, SP-333, SP-349 e SP-351. No dia 4 de novembro, o governador de SP, Geraldo Alckmin, anunciou o lançamento do edital para conceder a SP-333, que corta o estado de norte a sul. O leilão acontecerá em fevereiro.

Já o PPI, anunciado pelo presidente Michel de Temer no dia 13 de setembro, planeja conceder cinco trechos rodoviários: as BRs 364 e 365, entre os estados de Goiás e Minas Gerais e as BRs 01, 116, 290 e 386, no Rio Grande do Sul. Os leilões irão ocorrer no segundo semestre de 2017.

Norte e Nordeste

Por outro lado, o levantamento da Deloitte especifica que o principal interesse dos empresários está no Norte e no Nordeste, por conta do déficit histórico em infraestrutura. "Essas regiões possuem uma enorme população, mas são deficientes em infraestrutura. No Nordeste, o que mais preocupa hoje é a escassez de energia elétrica em função da seca que assola a região há muitos anos. Então, há uma necessidade grande de projetos nessa área", destaca Almeida. "Construção de parques eólicos pode ser uma opção."

O PPI do governo federal prevê a concessão de 5 hidrelétricas: a São Simão (na divisa entre Minas Gerais e Goiás); Miranda (Minas Gerais); Volta Grande (São Paulo); Peri (Santa Catarina); Agrografo (Santa Catarina). Além dessas, a União colocará à venda distribuidoras antes administradas pela Eletrobras localizadas no Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Piauí Roraima, Rondônia. Os leilões dessas hidrelétricas e distribuidoras ocorrerão entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro semestre de 2018. Por outro lado, o 2º Leilão de Energia de Reserva (LER) está previsto para o dia 16 de dezembro deste ano. Este não faz parte do PPI.

O sócio da Deloitte cita ainda a necessidade de investimentos em obras de melhoria de rodovias para transporte de cargas no Nordeste. "Os portos nessa região ainda são poucos explorados, como o de Suape no estado de Pernambuco", diz. O Complexo Industrial Portuário de Suape é de responsabilidade do governo estadual.

No Norte, Almeida pontua que a prioridade é investir em obras de hidrovia para escoar a produção de grãos do Centro-Oeste para outros países.

Construção civil

Segundo a Deloitte, o aquecimento da infraestrutura impulsionará a construção civil brasileira, a qual deve registrar queda de 10% neste ano, em relação a 2015, segundo a consultoria empresarial. Porém, para 2017, a previsão é de expansão de 5% para o setor, a partir de um aumento dos investimentos neste mesmo patamar (+5%).

O economista Thiago Novaes, professor de cenários econômicos na Trevisan Escola de Negócios, avalia que na medida em que a infraestrutura e a construção civil passem a ter recuperação, alguns empregos podem ser retomados, movimentando a indústria de bens de consumo. Das 746 empresas ouvidas pela Deloitte, 26% irão criar novas vagas, enquanto 58% irão manter empregos durante 2017. Segundo a consultoria, os empresários do setor de bens de consumo devem elevar seus aportes em 5% em 2017, ante 2016, fazendo com que esta atividade registre crescimento de 10% no próximo ano.

O sócio líder de transações da Grant Thornton Paulo Funchal acrescenta que os novos investimentos do setor industrial como um todo se caracterizarão, em 2017, pela troca e pela modernização de máquinas e equipamentos, e não pela expansão de plantas industriais. "As empresas estão fazendo esse reposicionamento para melhorar a produtividade", afirma Funchal, pontuando que esse movimento dos empresários indica recuperação consistente da confiança deles na economia.

O outro sócio da Grant Thornton Daniel Maranhão complementa que no setor de comércio, o foco será o treinamento da mão de obra para qualificar as vendas.

Outra tendência para 2017 é o mercado fusões e aquisições. Essa será uma saída para as empresas que estão altamente endividadas, comenta Funchal. De acordo com a Deloitte, as 746 empresas esperam alta da sua receita líquida em 8,3% no ano de 2017, ante 2016. Cerca de 56% delas projetam um crescimento de mais de 100%.

Novaes pondera que esse cenário dependerá da expansão da economia em 2017. Ele comenta que ainda há muitas incertezas políticas e econômicas no Brasil e no mundo. No ambiente doméstico, ele comenta que ainda há desconfiança do eleitorado em relação a Temer.

Já no cenário internacional, ele avalia que a equipe econômica do governo brasileiro está em compasso de espera para saber quais serão as decisões na área de política comercial do presidente eleito nos EUA, Donald Trump.

 

 

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