Eles estavam parados desde 16 de abril e só voltaram após acordo entre o consórcio CPM Novo Fortaleza, responsável pelas obras, e o Sindicato da Construção Civil Pesada (Sintepav), fechado em reunião de ontem.

O acordo estabelece aumento de 11% nos pisos e reajuste de cesta básica de 200%, passando para R$ 180,00. As horas extras de sábado passam de 60% para 80% e o pagamento dos 22 dias parados foi vinculado a assiduidade durante os próximos quatro meses. Em nota, a assessoria de imprensa do consórcio afirmou que "já elaborou plano de contingenciamento para recuperação do cronograma de obras".

Na última segunda-feira, a Justiça do Trabalho havia expedido liminar determinando o retorno de 70% dos trabalhadores que, caso não fosse cumprida, acarretaria em multa de R$ 100 mil por dia ao Sintepav. Os operários voltaram, bateram o ponto, mas não trabalharam.

Satisfação

Conforme o presidente do Sintepav, Raimundo Gomes, em assembleia realizada no final da tarde de ontem, os trabalhadores comemoraram o acordo. "Não adianta liminares quando as reivindicações são legítimas. Eles precisam desse reajuste e desse benefício para que fiquem satisfeitos. Ninguém vai trabalhar insatisfeito", afirma

Por conta do atraso nas obras, voltadas para a Copa do Mundo de 2014, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, esteve em Fortaleza no último dia 3. Ele veio pedir apoio político a Cid Gomes na intervenção da greve.