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Reformas domésticas giram R$ 80 bilhões por ano

Setor é metade do mercado de material de construção e quer crescer 6%

Estado de Minas

14/10/2013 13h05


Nos últimos anos, o brasileiro saiu às compras. Estacionou carro zero na garagem, ampliou as polegadas da televisão, renovou os eletrodomésticos da cozinha e viajou de avião como nunca. Agora, passado o alvoroço desse consumo desenfreado estimulado pelo crédito farto, o ajuste no orçamento das famílias, quando possível, tem sido para alcançar um objetivo específico: investir no patrimônio, pensando no futuro, no conforto e na valorização do imóvel.

São justamente as reformas de casas e apartamentos que, em 2013, têm salvado o mercado de materiais de construção em todo o país. Com o forte freio nos lançamentos imobiliários desde o ano passado e as obras públicas avançando em ritmo bastante lento, o varejo foi quem segurou o fatura

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Nos últimos anos, o brasileiro saiu às compras. Estacionou carro zero na garagem, ampliou as polegadas da televisão, renovou os eletrodomésticos da cozinha e viajou de avião como nunca. Agora, passado o alvoroço desse consumo desenfreado estimulado pelo crédito farto, o ajuste no orçamento das famílias, quando possível, tem sido para alcançar um objetivo específico: investir no patrimônio, pensando no futuro, no conforto e na valorização do imóvel.

São justamente as reformas de casas e apartamentos que, em 2013, têm salvado o mercado de materiais de construção em todo o país. Com o forte freio nos lançamentos imobiliários desde o ano passado e as obras públicas avançando em ritmo bastante lento, o varejo foi quem segurou o faturamento das lojas de um segmento responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e pela criação de 11 milhões de empregos diretos e indiretos.

Em 2012, as reformas domésticas movimentaram R$ 80 bilhões. Neste ano, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) espera aumento de 6% nesse valor. O chamado “consumo formiguinha” já responde por metade do total. “O perfil das vendas no varejo deixa claro que as famílias despertaram para a valorização do patrimônio e, por isso, estão dando mais atenção à casa própria. É uma mudança cultural”, acredita o presidente da Abramat, Walter Couver.

A mulher de João Lustosa Pereira, de 59 anos, reclamava há anos da calçada “feia e desarrumada” em frente à residência da família.. Com o carro, enfim, quitado, o taxista resolveu ouvir o clamor dela. Iniciada na semana passada, a obra custará R$ 3,2 mil. Somente a conta dos materiais ficou em R$ 2,4 mil. Com a inflação corroendo o poder de compra das famílias, os brasileiros tendem a se preocupar mais com o patrimônio, no entender do educador financeiro Mauro Calil. “As pessoas estão pensando no futuro”, diz. Em muitos casos, pequenas reformas servem como alternativa a quem deseja mudar de casa, mas não tem dinheiro para tanto. Pintar as paredes, reestruturar o teto e trocar o piso, lembra Calil, ajudam a proporcionar o conforto desejado e ainda pode facilitar uma possível venda do imóvel.

Qualidade de vida O que está em evidência, observa o educador financeiro Álvaro Modernell, é a busca pela qualidade de vida. “O movimento ainda é sutil, mas o conceito de morar bem começa a se sobressair, em detrimento da filosofia do consumo pelo consumo”, avalia ele. O maior tempo de permanência dos filhos na casa dos pais, acredita o presidente da Abramat, Walter Couver, também impulsiona as pequenas reformas e os chamados “puxadinhos”.

Há, ainda, a intenção de melhorar os ambientes para receber amigos e familiares no fim do ano. No último trimestre, a venda de materiais de construção costuma aumentarem pelo menos 20%. “Depois de comprar levando em conta os itens da casa, o brasileiro viu que a embalagem não estava boa e decidiu analisar o conjunto”, comenta o educador financeiro Reinaldo Domingos.

 

 

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