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Rede de metrô pode ser duplicada até 2018

Engarrafados: Piora da mobilidade urbana, em especial pelo aumento do número de carros, desperta autoridades, que prometem mais 253 km de linhas

O Estado de S.Paulo

13/11/2012 08h14


Em 1863, no auge da Revolução Industrial, Londres ganhou sua primeira linha de metrô. Nossa vizinha Buenos Aires inaugurou a sua em 1913, ainda antes da I Guerra Mundial. Já São Paulo, a primeira cidade do Brasil a ter metrô, passou a oferecer essa opção aos seus habitantes apenas em 1974 - mais de um século depois da capital inglesa. A demora foi grande, mas as capitais brasileiras agora querem tirar um atraso de décadas em poucos anos. Caso todos os projetos prometidos saiam do papel, o total da rede de metrô do país deverá dobrar até 2018.

Atualmente, sete capitais no país têm rede de metrô em funcionamento: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Teresina. Juntas, elas compõem uma rede de 2

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Em 1863, no auge da Revolução Industrial, Londres ganhou sua primeira linha de metrô. Nossa vizinha Buenos Aires inaugurou a sua em 1913, ainda antes da I Guerra Mundial. Já São Paulo, a primeira cidade do Brasil a ter metrô, passou a oferecer essa opção aos seus habitantes apenas em 1974 - mais de um século depois da capital inglesa. A demora foi grande, mas as capitais brasileiras agora querem tirar um atraso de décadas em poucos anos. Caso todos os projetos prometidos saiam do papel, o total da rede de metrô do país deverá dobrar até 2018.

Atualmente, sete capitais no país têm rede de metrô em funcionamento: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Teresina. Juntas, elas compõem uma rede de 276,4 quilômetros de trilhos - menos que cidades como Nova York (337 km) e Tóquio (328 km), e apenas um pouco mais do que a Cidade do México (225 km). Até mesmo Xangai, cidade chinesa que inaugurou sua primeira linha apenas em 1995, tem mais quilômetros de metrô do que todas as redes brasileiras somadas: 424 km.

As autoridades nacionais, porém, prometem uma reviravolta nesse quadro. O principal motivo apontado por especialistas é o estrangulamento do tráfego e da mobilidade urbana nas grandes e médias cidades. O aumento na frota nacional de automóveis nos últimos anos, impulsionado pela expansão da renda e da classe C, criou engarrafamentos em locais que nunca haviam tido tal problema - e os agravou nas capitais que já sofriam com o excesso de veículos há algumas décadas.

Os gargalos impulsionaram novos investimentos municipais, estaduais e federais em mobilidade urbana, que demoraram anos para sair. Agora, a promessa é que 253,5 km de metrô sejam construídos até 2018, o que elevaria a malha brasileira para cerca de 530 km. Os moradores de três cidades que até hoje não têm metrô já deverão ter recebido suas primeiras linhas até lá. São elas: Curitiba, Fortaleza e Salvador.

Em SP, ampliação com ajuda do setor privado

A capital baiana é talvez o caso mais drástico de problemas de investimentos. As obras da primeira linha de metrô da cidade começaram em 1997. Quinze anos depois, entretanto, a rede ainda não funciona, por causa de erros na execução do projeto e da falta de verbas para solucioná-los. Com cerca de R$ 3,5 bilhões em novos investimentos, a expectativa é que Salvador já tenha 36 km de linhas em operação entre 2014 e 2015.

Já Curitiba, onde o sistema de ônibus em via segregada virou modelo regional de transporte, a piora no trânsito levou a cidade a optar pelo metrô, que deve ser inaugurado em 2016. Fortaleza já tem um pequeno trecho em testes, e sua operação comercial deve começar ano que vem.

A maior ampliação, porém, deve acontecer em São Paulo, onde 126 km deverão estar prontos até 2018, segundo promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O número contempla também os polêmicos monotrilhos. Só até 2015, estão previstos investimentos de R$ 45 bilhões, tanto do governo como da iniciativa privada, por meio de parcerias público-privadas (PPPs), modelo de financiamento que está se tornando popular.

 

 

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