O estádio Independência, em Belo Horizonte, continuará com os seis mil ponto-cegos na arquibancada superior, pelo menos a curto prazo. A Secopa e o Consórcio Arena Independência (BWA) não irão adotar as medidas propostas pelo Ministério Público Estadual. A informação é do site "Superesportes".

Na quarta-feira (11), depois de 120 dias, o MPE recebeu os estudos que buscam alternativas para solucionar o problema. O órgão terá 10 dias para analisar os trabalhos feitos por uma comissão de engenheiros. Os pontos-cegos são provocados pelos guarda-corpos das arquibancadas superiores, itens de segurança instalados por recomendação do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o promotor Edson Antenor Lima Paula, da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, as três soluções não serão seguidas por causa do custo-benefício. "Nenhuma das possibilidades elimina o problema da visibilidade, apenas atenua a situação”, disse.

O problema se tornou público antes da inauguração. O governo de Minas Gerais não aderiu a um tipo de proteção mais cara, prevista no projeto original, que evitaria os problemas de visibilidade.

Assim, parte dos 25 mil torcedores assistem aos jogos em pé e debruçados nas barras de proteção que bloqueiam a visibilidade de quem se sentar. Na final do campeonato regional, entre Atlético e América, os ingressos para essa área foram vendidos com desconto.

Os clubes da capital mineira voltaram a atuar em Belo Horizonte após a reinauguração. Em 2011, América, Atlético e Cruzeiro chegaram a mandar seus jogos do Campeonato Brasileiro em Uberlândia, Sete Lagoas e Ipatinga.

A um custo de aproximadamente R$ 125 milhões aos cofres públicos, as obras foram iniciadas em janeiro de 2010 e deveriam ter sido encerradas em outubro do mesmo ano. Depois de cerca de dez adiamentos, a nova arena foi reaberta no dia 25 de abril deste ano.