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Pesquisa da CNT sobre malha viária repercute

Bancadas de Oposição e Governo apresentam dados divergentes

10/11/2009 17h29 | Atualizada em 10/11/2009 22h51


Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as condições da malha viária brasileira provocou, ontem, o debate no Plenário. A deputada Terezinha Nunes (PSDB) foi a primeira a se pronunciar, destacando a situação das rodovias pernambucanas, que receberam nota 2 dos técnicos da CNT, numa escala de zero a dez. “É uma posição vergonhosa. Falta gestão”, ressaltou Terezinha.

Líder do Governo, deputado Isaltino Nascimento (PT) rebateu. “A gestão passada realizou apenas uma obra, a duplicação da BR-232, que n

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Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as condições da malha viária brasileira provocou, ontem, o debate no Plenário. A deputada Terezinha Nunes (PSDB) foi a primeira a se pronunciar, destacando a situação das rodovias pernambucanas, que receberam nota 2 dos técnicos da CNT, numa escala de zero a dez. “É uma posição vergonhosa. Falta gestão”, ressaltou Terezinha.

Líder do Governo, deputado Isaltino Nascimento (PT) rebateu. “A gestão passada realizou apenas uma obra, a duplicação da BR-232, que nem foi entregue completa”, frisou, acrescentando que o empreendimento é questionado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) devido a supostas irregularidades.

O resultado da pesquisa foi divulgado no final do mês de outubro. Em 45 dias, técnicos da CNT percorreram 89.552 quilômetros, entre rodovias federais e estaduais. Em Pernambuco, foram avaliados 2.995 quilômetros entre o Litoral, o Agreste e o Sertão. Segundo o estudo, 13,7% das estradas pernambucanas estão em ótimo (3,6%) e bom (10,1%) estado. Outras 45,1% encontram-se com a conservação e manutenção regular; 33,5%, ruim, e 7,7%, péssima.

Os números, de acordo com Terezinha, deixam Pernambuco abaixo da média do Nordeste, que tem 21,8% de malha considerada como ótima e boa. “Se compararmos com as regiões Sul e Sudeste, a situação fica ainda mais crítica. Em São Paulo, 75,4% das rodovias são boas. No Rio de Janeiro, 63,4% e, no Paraná, 49,2%”, frisou a tucana. Entre as rodovias estaduais consideradas péssimas estão as PE-096, que liga Barreiros a Palmares, na Mata Sul; e PE-130, entre Vertentes a Taquaritinga do Norte, no Agreste.

Máquinas sucateadas, rodovias abandonadas e nenhum projeto na Secretaria Estadual de Transporte para dar continuidade. Esse foi o cenário encontrado pelo governador Eduardo Campos (PSB) ao assumir o Palácio Campos das Princesas, segundo Nascimento. “O Governo adquiriu 150 máquinas para a manutenção das estradas e diversas obras estão em andamento”, ressaltou, alegando, ainda, que as sedes de dez cidades, a exemplo de Granito, no Sertão, ganharam acesso asfaltado na administração de Eduardo Campos. Outro investimento da gestão foi recuperar o Terminal Integral de Passageiros (TIP) do Recife, “abandonado na administração passada”.

Em apartes, os deputados oposicionistas Pedro Eurico (PSDB), Miriam Lacerda e Adelmo Duarte, ambos do DEM, e Jacilda Urquisa (PMDB) criticaram a Secretaria Estadual de Transporte. “Os buracos prejudicam o desenvolvimento econômico e o turismo do Estado”, comentou Jacilda.

Os governistas Esmeraldo Santos, Amaury Pinto e Alberto Feitosa, todos do PR, e Nadegi Queiroz (PHS) defenderam o comando socialista, alegando, que no Governo passado, não tinha planejamento estratégico para o setor. “Os investimentos feitos pelo governador Eduardo Campos são superiores aos realizados pela administração Jarbas/Mendonça, durante oito anos”, avaliou Feitosa.

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