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Para viabilizar o aeroporto de Itanhaém, governo de São Paulo irá conceder o aeródromo junto com outros quatro terminais

Para garantir competitividade, agentes defendem que, além de aporte em infraestrutura, órgãos públicos busquem formas de incentivar tanto as administradoras quanto as companhias aéreas

DCI

03/12/2015 07h27


A infraestrutura é apenas um dos gargalos para a concretização do Plano de Aviação Regional. Enquanto companhias aéreas precisam de condições que tragam redução de custo, os administradoras municipais e estaduais esperam flexibilização nas exigências para garantir que o plano saia, efetivamente, do papel.

De acordo com o diretor de relações institucionais da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Alberto Fajerman, após a finalização das obras nos aeroportos ainda serão necessários incentivos que tornem viáveis as rotas. "Não gostamos muito de subsídio, mas o aporte do fundo pode ser direcionado aos aeroportos para que reduzam custos operacionais", aponta Fajerman, referindo-se ao Fundo Nacional de Aviação Civil.

Segundo o execut

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A infraestrutura é apenas um dos gargalos para a concretização do Plano de Aviação Regional. Enquanto companhias aéreas precisam de condições que tragam redução de custo, os administradoras municipais e estaduais esperam flexibilização nas exigências para garantir que o plano saia, efetivamente, do papel.

De acordo com o diretor de relações institucionais da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Alberto Fajerman, após a finalização das obras nos aeroportos ainda serão necessários incentivos que tornem viáveis as rotas. "Não gostamos muito de subsídio, mas o aporte do fundo pode ser direcionado aos aeroportos para que reduzam custos operacionais", aponta Fajerman, referindo-se ao Fundo Nacional de Aviação Civil.

Segundo o executivo, além de garantir a regularidade dos voos, a isenção da taxa de embarque de passageiros, a eliminação da taxa de auxílio de navegação aérea e um melhor preço de combustível e ICMS trariam rentabilidade dos voos. "O aproveitamento sempre será pequeno, mas pelo menos reduz custo", diz.

O executivo ressaltou ainda que a companhia aérea, em seu estudo de viabilidade de operação, já identificou 44 aeroportos regionais rentáveis em que a Gol poderia atuar nos próximos cinco anos. "Desde que compatível com as necessidades", acrescentou ele ao DCI.

No entanto, segundo o secretário executivo da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Guilherme Ramalho, o único grupo de aeroportos regionais que já possui subsídio aprovado pela secretaria são os envolvidos no programa Amazônia Legal. De acordo com ele, a tarefa da SAC é apenas viabilizar a infraestrutura dos terminais, e não interferir na prática do mercado. "Mas regiões como a Amazônia Legal precisam [de subsídio para ser viável]", diz.

Sobre outras localidades, diz ele, as aéreas deverão entrar por vontade própria, já que na atual regulação, a SAC não intervém em rota ou preço.

Outra preocupação posterior ao programa regional é o custo para prefeituras e estado. "Quanto menor o aeroporto, mais flexibilidade [das exigências federais] ele terá", previu o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.

A perspectiva, no entanto, afeta os aeródromos regionais de médio porte, que podem encontrar dificuldades para fechar as contas, já que a partir de um milhão de passageiros ao ano, as exigências da Anac são muito mais altas.

O superintendente do Departamento de Aviação do Estado de São Paulo (Daesp), Ricardo Volpi, cita o aeroporto de Ribeirão Preto como exemplo. "Ele recebe 1,1 milhão de passageiros ao ano e está na mesma categoria que Congonhas que tem 5 milhões", cita.

Entre as despesas diárias - que muitas vezes não são pagas com o recolhimento de taxas aeroportuárias - ele cita a equipe de bombeiro, o pessoal de aviação civil e a mão de obra especializada em equipamento de rádio e manutenção. "A relação entre custo e despesa começa a se estabilizar com 500 mil passageiros", disse ele, em evento na capital paulista.

Em média, para conseguir operar um aeródromo em condições básicas o custo chega a R$ 300 mil. "Isso pode onerar os órgãos públicos", comenta o secretário estadual de Logística e Transporte de São Paulo, Duarte Nogueira.

O secretário explica que, para superar este desafio, é importante ter um equilíbrio no meio das categorias. Para ele, com estas alterações seria possível que a iniciativa pública operasse os aeroportos regionais sem prejuízo.

Além do Plano de Aviação Regional, o governo do Estado de São Paulo pretende conceder cinco aeroportos de aviação executiva fora do Programa da União. "O processo é mais fácil porque, pelo tamanho, eles ficam fora de algumas exigências da Anac e acabam tendo custo menor."

 

 

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