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26/05/2010 13h43 | Atualizada em 26/05/2010 18h24
Para fazer frente à onda de novos ativos concedidos no período entre 2007 e 2008, quando foram leiloadas 13 rodovias, as maiores concessionárias do país foram compelidas a buscar crédito logo quando ele estava menos acessível: no meio da crise. Passada a fase mais crítica no mercado financeiro, foram bem sucedidas, e entre o fim do ano passado e início deste ano os três maiores grupos do ramo conseguiram levantar R$ 3,1 bilhões, entre emissões de ações e lançamentos de debêntures.
A última delas a chegar ao mercado foi a OHL, com uma captação de R$ 1,1 bilhão em debêntures feita no fim de abril - lastreados nas suas concessões estaduais, mais antigas e rentáveis. Os recursos serão em parte destinados a apaziguar o perfil de sua d
...Para fazer frente à onda de novos ativos concedidos no período entre 2007 e 2008, quando foram leiloadas 13 rodovias, as maiores concessionárias do país foram compelidas a buscar crédito logo quando ele estava menos acessível: no meio da crise. Passada a fase mais crítica no mercado financeiro, foram bem sucedidas, e entre o fim do ano passado e início deste ano os três maiores grupos do ramo conseguiram levantar R$ 3,1 bilhões, entre emissões de ações e lançamentos de debêntures.
A última delas a chegar ao mercado foi a OHL, com uma captação de R$ 1,1 bilhão em debêntures feita no fim de abril - lastreados nas suas concessões estaduais, mais antigas e rentáveis. Os recursos serão em parte destinados a apaziguar o perfil de sua dívida, de R$ 1,8 bilhão, praticamente toda concentrada no curto prazo. Do total levantado, R$ 622 milhões devem ser destinados a futuros investimentos. Com cinco novas rodovias federais adquiridas em 2007, precisará investir
A primeira empresa a chegar ao mercado de capitais foi a CCR, que em novembro de 2009 fez uma captação de R$ 1,2 bilhão, lançando 33 milhões de ações na Bovespa. A captação cortou a dívida líquida do grupo de R$ 3,9 bilhões para R$ 2,7 bilhões, e abriu espaço para investimentos de até R$ 4,1 bilhões, nos cálculos da empresa.
Mas a chegada do Rodoanel, leiloado no fim de 2007, criou problemas para o grupo. A concessão foi obtida pela CCR com o encargo de pagar R$ 2 bilhões ao governo paulista em apenas 48 parcelas, a partir de meados de 2008. A empresa foi pega no meio da crise internacional com o compromisso quase todo por pagar.
Segundo o presidente da CCR, Renato Vale, o Rodoanel era uma concessão estratégica para o grupo - liga três dos principais ativos do grupo - e as sinergias permitiram oferecer um deságio de quase 60% e levar o ativo. Mas a exigência de levantar crédito para pagar a outorga absorveu a empresa no resto do ano. "Ganhei cabelos brancos com o Rodoanel", diz o executivo. Segundo o presidente da CCR, se soubesse o que viria pela frente para conseguir crédito, não faria o lance de novo. "Havia um grande risco financeiro, que no caso, se concretizou". Acabou tudo dando certo, e a linha de longo prazo foi obtida no fim do ano passado, em uma operação liderada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC).
A EcoRodovias ingressou na caça por recursos financeiros com a aquisição da Ayrton Senna/Carvalho Pinto, no início de 2009. O negócio exigia quase R$ 600 milhões em outorga, mais investimentos na pista. Com baixo endividamento, obteve linhas de crédito para o novo ativo e deve dedicar sua primeira captação no mercado de ações, de R$ R$ 874 milhões, toda a novos investimentos. Segundo os cálculos da empresa, somada a capacidade de geração de caixa de seus ativos à nova captação, poderá investir R$ 3 bilhões nos próximos três anos.
A Triunfo Participações e Investimentos (TPI), no ramo rodoviário desde meados dos anos 90, vem se aventurando em terminais portuários e geração de energia elétrica. Está tentando vender uma usina em Goiás, que custou R$ 460 milhões para ser construída, para financiar novos negócios. Além de energia e portos, também está atrás de mais ativos rodoviários.
16 de abril 2020
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