As obras para acabar com as enchentes na região da Zona Noroeste de Santos, no litoral de São Paulo, começaram na sexta-feira (23). A 1ª fase será concluída em 30 meses, beneficiando os bairros Saboó, Castelo e Rádio Clube.

As enchentes na Zona Noroeste de Santos são o resultado de uma ocupação desordenada, que começou na década de 50. O aterro dos mangues foi feito abaixo do nível do mar. As águas não escoam e até mesmo sem chuva, muitas vezes, as ruas ficam tomadas pela água, por causa da alta da maré. Não precisa chover muito para as ruas da Zona Noroeste de Santos ficarem alagadas e com trânsito pesado. Atualmente, 125 mil pessoas vivem em 14 bairros da Zona Noroeste. O investimento será de quase R$ 140 milhões só na primeira fase do projeto.

A prefeitura inicia as obras da 1ª fase do ‘Santos Novos Tempos’, programa de macrodrenagem que eliminará as enchentes nesta região, nesta sexta-feira, com um ato simbólico na esquina das ruas Haroldo de Camargo e Flor Horácio Cirilo, no Jardim Castelo. Neste primeiro dia começam as instalações dos canteiros de obras. O central ficará ao final da av. Jovino de Melo, com acesso pela rua Joaquim T. de Carvalho, na área da prainha do Ilhéu, e concentrará escritórios, vestiários, almoxarifado e oficinas aos funcionários.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa explicou como será primeira etapa das obras. "Nós vamos iniciar a construção de cinco estações elevatórias, seis comportas atendendo, nessa fase inicial, os bairros do Rádio Clube, Caneleira e Jardim Castelo, durante 30 meses que é o prazo de execução de obras. Ao final dos 30 meses, vamos solucionar esse grave problema que afeta a Zona Noroeste, que são as enchentes, aqui nesses três bairros", explica.

O prefeito também falou sobre as outras etapas das obras. "Nós estamos desenvolvendo, paralelamente, todas as fases do programa. A segunda fase contempla do Chico de Paula, a Caneleira, Santa Maria, o Bom Retiro. Ao final desse projeto, que é o maior programa de macrodrenagem do Brasil, nós vamos atender os 14 bairros da Zona Noroeste, os mais de 100 mil habitantes que vivem nessa região fazendo um trabalho que vai diminuir as diferenças, minimizar os transtornos, minimizar os impactos da enchente no dia a dia da vida dos moradores que vivem aqui", complementa Paulo Alexandre Barbosa.

A primeira fase inclui a construção de cinco estações elevatórias, seis comportas e duas galerias, além de retificação de metade do canal da av. Hugo Maia em direção à av. Brigadeiro Faria Lima, na altura do caminho São Sebastião. "Aqui nós teremos uma estação elevatória. Teremos o desassoreamento desse canal, o que irá possibilitar que nos dias de chuva, quando a maré sobe, que nós não tenhamos alagamento nessa região aqui no bairro do Castelo. A comunidade aguardava, há muitos anos, o início efetivo das obras. Esse é um passo importante, fizemos um grande esforço. Essa primeira fase, que estamos começando hoje, vai custar R$ 137 milhões, dos quais R$ 70 milhões vem do Banco Mundial e R$ 67,5 milhões são investimentos com recursos próprios da prefeitura. Através de um esforço de orçamento, de uma prioridade de governo, que estabeleceu essa obra da Zona Noroeste como uma prioridade", finaliza o prefeito.