A construção da linha 17-ouro e o prolongamento da 2-verde e da 5-lilás interditaram pontos de quatro avenidas nas zonas sul e leste. Os bloqueios se arrastarão por até três anos.

“Está bastante complicado”, reclama Flamínio Fichmann, arquiteto e consultor em engenharia de tráfego. Morador do Campo Belo, na zona sul, ele convive com as interdições das avenidas Ibirapuera e Jornalista Roberto Marinho.

“Se você anda na Ibirapuera, parece que o metrô será [construído] na superfície, tal é a interferência. Acho exagerado, absurdo”, diz. “As pessoas aceitam uma mudança como essa porque o metrô é fundamental para a cidade.”

Sérgio Ejzenberg, também consultor em engenharia de tráfego, questiona sobretudo o bloqueio da Ibirapuera. “O metrô feito por debaixo da Paulista [no fim da década de 1980] não interrompeu o tráfego. Os critérios mudaram?”, questiona.

Para a assessoria de imprensa do Metrô, é “inadequado” estabelecer comparações com obras executadas em épocas e em lugares diferentes. Segundo a companhia, os bloqueios foram estudados para que os transtornos fossem minimizados.

Apesar dos estudos, a situação deve piorar. Mesmo porque essas vias já apresentavam congestionamentos antes de serem interditadas.

Ao motorista resta se adaptar. A sãopaulo percorreu rotas alternativas, parte delas indicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego. Embora os trajetos sejam mais extensos, o tempo economizado faz valer ao menos um teste. Experimente.