Obra estruturante essencial aos jogos da Copa do Mundo de 2014 -, além do Estádio Castelão, já concluído -, a ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins foi paralisada, mais uma vez. Na manhã de ontem, cerca de 700 trabalhadores voltaram a cruzar os braços, em protesto contra o não cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Essa é a segunda paralisação, em menos de um ano, das obras de reforma do Pinto Martins.

A primeira ocorreu em fins de fevereiro e início de março últimos, como forma de pressionar o consórcio construtor do empreendimento, o CPM Novo Fortaleza, a assinar o acordo coletivo da categoria. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Ceará (Sintepav-CE), Raimundo Nonato Gomes, a greve transcorrerá por toda a semana, até o próximo domingo, dia 22, quando nova assembleia será realizada. De acordo com o Sintepav-CE, os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 25%, melhor qualidade da alimentação e água no canteiro de obras, além de aumento da cesta básica, de R$ 60, para R$ 250.

Infraero

Conforme Gomes, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representa o consórcio construtor, oferece reajuste de 8,83% e cesta básica de R$ 70,00. A data base da categoria é 1º de abril. A reportagem contatou a Infraero, que confirmou o recebimento de perguntas sobre o andamento dos trabalhos, mas nada respondeu até o fim da edição.

VLT

O Sintepav-CE ameaça também paralisar, amanhã, as obras de construção da nova linha férrea Parangaba-Mucuripe, por onde circulará os VLTs.