P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Infraestrutura
Voltar

Infraestrutura

Obras de infraestrutura podem puxar retomada de material de base em 2017

Representantes da indústria de cimento mantêm cautela ao estimar fim do período de retração no setor, mas avanço de concessões é a principal aposta em cenário de crédito imobiliário restrito

DCI

11/08/2016 00h00


Com o crédito imobiliário ainda caro e restrito, que parou a venda de imóveis novos, a indústria de material de base, principalmente de cimento, aposta que a solução virá do destravamento das obras de infraestrutura a partir do ano que vem, dizem especialistas.

"Nos últimos anos, a expansão do setor de construção foi resultado de uma conjuntura favorável: aumento do número de empregados e da renda das famílias, junto com maior oferta de crédito imobiliário e juros baixos. Agora, não temos nenhum desses fatores presentes na economia ou perspectiva de retorno do cenário visto há alguns anos", avaliou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), José Otavio Carvalho.

Ele vê, porém, a chance de a demanda

...

Com o crédito imobiliário ainda caro e restrito, que parou a venda de imóveis novos, a indústria de material de base, principalmente de cimento, aposta que a solução virá do destravamento das obras de infraestrutura a partir do ano que vem, dizem especialistas.

"Nos últimos anos, a expansão do setor de construção foi resultado de uma conjuntura favorável: aumento do número de empregados e da renda das famílias, junto com maior oferta de crédito imobiliário e juros baixos. Agora, não temos nenhum desses fatores presentes na economia ou perspectiva de retorno do cenário visto há alguns anos", avaliou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), José Otavio Carvalho.

Ele vê, porém, a chance de a demanda vinda das obras de infraestrutura puxar uma retomada e também mudar a dinâmica do mercado nos próximos anos. "A expansão do cimento nos últimos 10 anos se deu de maneira mais forte em edificação [imóveis comerciais e residenciais], mas agora vemos que a melhora aparecerá primeiro e será mais forte em obras de infraestrutura", disse ele.

Segundo o dirigente, um estudo realizado pelo Snic mostrou que as edificações respondiam por quase 75% do consumo de cimento no País, com o restante vindo de infraestrutura, mas ele acredita que o perfil pode mudar.

Carvalho evitou fazer projeções sobre o momento da possível retomada da indústria de cimento. Para ele, ainda não é possível afirmar quando as quedas na produção serão interrompidas e, neste ano, o consumo de cimento deve ficar até 15% abaixo dos números do ano passado. "O resultado em 2017 ainda é uma interrogação", afirmou ele.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, prevê uma possível melhora dos números da indústria de base, incluindo cimento, a partir de 2017. "Essas grandes obras de infraestrutura estão com uma defasagem grande e a expectativa é de melhora na demanda do setor quando esses projetos de concessão e parcerias público-privadas [PPP], a serem aprovados neste ano, começarem a ser colocados em prática em 2017", avaliou ele.

Com a atividade imobiliária em baixa, os materiais de base devem encerrar 2016 no vermelho, segundo os dirigentes. No primeiro semestre, o faturamento do segmento acumulou queda de 16,2% ante 2015.

Edificação

"O consumo de cimento ainda não chegou ao fundo do poço e, quando atingir o menor patamar, ainda deve demorar um pouco para ter uma retomada, com a demanda para edificações levando mais tempo para se recuperar", afirmou Carvalho, do Snic. Se a indústria de cimento repetir o ritmo de retomada visto após a crise econômica na década de 80, o crescimento pode voltar só em dois ou três anos após a interrupção das quedas, citou ele.

Os dirigentes do Snic e da Abramat não esperam a retomada em edificações no curto prazo e atrelam uma possível melhora do segmento a expansão do crédito imobiliário e redução das taxas de juros. "Os financiamentos imobiliários estão 33% menores neste ano e não há crédito para compra de imóveis", disse Cover. A taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,15% ao ano, chegou a 8,40% em agosto de 2013, quando setor ainda estava em alta.

A Votorantim Cimentos também projeta recuo no consumo de cimento neste ano, refletindo a queda no Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação ainda alta. "No entanto, avaliamos que o mercado imobiliário começa a mostrar sinais de melhora, acompanhando a recuperação da economia", comentou o gerente de marketing de cimento da empresa, André Junqueira.

O executivo aposta no lançamento recente de embalagens de cimento separadas por tipo de aplicação para recuperar as vendas. Segundo ele, 65% das pessoas que compraram as novas embalagens, voltaram a adquirir produtos.

A empresa também investiu na possibilidade de uma guinada futura do mercado, com a inauguração no fim de junho de uma fábrica em Primavera (PA), com capacidade para 1,2 milhão de toneladas de cimento por ano. A produção vai atender ao Norte e Nordeste.

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade