Ainda sem o empréstimo de R$ 138 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), as obras de reforma da Arena da Baixada para a Copa têm evoluído timidamente nos últimos quatro meses.

Em março, cronograma divulgado pelo Atlético-PR, clube proprietário do estádio, mostrava que o palco de quatro partidas do Mundial de 2014 estava 42% concluído para a competição.

Agora, em julho, as obras andaram pouco mais de 3%, alcançando a marca de 45% de execução total. O índice conta a reforma da estrutura antiga e as consideradas "obras novas", como o segundo anel de arquibancadas em um dos setores, a implantação da cobertura e o acabamento, estas 14,3% finalizadas.

De acordo com o Atlético-PR e a CAP S/A, sociedade de propósitos especifícos criada para captar o empréstimo do BNDES e administrar a obra, o avanço tímido acontece porque os recursos despendidos na reforma foram, em sua maioria até agora, oriundos dos cofres do próprio clube (cerca de R$ 15 milhões).

Outros R$ 30 milhões (R$ 15,4 milhões da prefeitura e R$ 15,4 milhões do governo estadual) também foram liberados para a reforma da arena paranaense, mas sem o financiamento do banco de fomento federal, responsável por 75% da engenharia financeira da obra, os trabalhos mal evoluíram. A estimativa do Atlético-PR é que o empréstimo do BNDES comece a ser liberado em agosto.

Por ora, os mais de 162 operários atuam em seis frentes de trabalho: demolição, obras civis, cortina, estaca (dois tipos) e terraplanagem.

A atividade mais relevante no canteiro de obras no momento é a concretagem de seis blocos no espaço atrás do setor da rua Buenos Aires, serviço necessário para a construção do segundo anel e da nova estrutura da arena.

A um custo total de R$ 183 milhões, a obra de reforma do estádio da Copa em Curitiba deverá ser concluída ainda no primeiro semestre de 2013. Por conta da indefinição no início das intervenções no ano passado, a Arena da Baixada acabou ficando de fora das sedes da Copa das Confederações.