Infraestrutura
Folha de S. Paulo
07/01/2016 13h58
Os acordos funcionam como uma delação premiada para pessoas jurídicas. O texto é parecido com o de uma lei que já foi aprovada no Senado e que aguarda para ser votada na Câmara. A regra, que poderá ser alterada pelos deputados na volta do recesso, que entrou em vigor na última segunda-feira (21).
"Tenho dito aos clientes que o fato de ser MP não deve ser motivo para parar ninguém [de tentar um acordo]", afirma José Alexandre Buaiz Neto, do Pinheiro Neto.
A MP tem validade imediata e, por ela, a primeira empresa que fizer acordo de leniência em um caso de cartel fica isenta de multas.
Esse não é o maior estímulo, mas, sim a possibilidade de voltar a participar de licitações, diz Bruno de Luca Drago, sócio do Demare
...Os acordos funcionam como uma delação premiada para pessoas jurídicas. O texto é parecido com o de uma lei que já foi aprovada no Senado e que aguarda para ser votada na Câmara. A regra, que poderá ser alterada pelos deputados na volta do recesso, que entrou em vigor na última segunda-feira (21).
"Tenho dito aos clientes que o fato de ser MP não deve ser motivo para parar ninguém [de tentar um acordo]", afirma José Alexandre Buaiz Neto, do Pinheiro Neto.
A MP tem validade imediata e, por ela, a primeira empresa que fizer acordo de leniência em um caso de cartel fica isenta de multas.
Esse não é o maior estímulo, mas, sim a possibilidade de voltar a participar de licitações, diz Bruno de Luca Drago, sócio do Demarest.
Empresas que firmam acordos são consideradas aptas. Isso pode destravar o mercado, ele afirma.
"Como o setor de infraestrutura é concentrado e as empresas estão envolvidas [na operação Lava Jato], o mercado parou."
Outra preocupação é a possibilidade de que pessoas físicas ligadas ao negócio sejam presas em decorrência do que for revelado.
Isso será negociado com o Ministério Público, que, agora, passa a ser notificado assim que a empresa busca a CGU para firmar o acordo.
Caso a empresa tente fechar o acerto, mas não consiga, os órgãos públicos são obrigados a devolver os documentos entregues e não podem usar nenhum no futuro.
Trata-se de um incentivo porque "eliminou-se o receio", diz Leonardo Ruiz Machado, do Machado Meyer.
16 de abril 2020
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