Infraestrutura
O Estadão
02/09/2015 14h10 | Atualizada em 02/09/2015 17h29
A Infraero está estudando fazer uma concessão da área comercial do aeroporto de Congonhas. A mudança está em avaliação no governo e a decisão deve ser tomada no início do ano que vem, de acordo com o presidente da Infraero, Gustavo do Vale. A concessão da área de lojas de Congonhas é uma das alternativas em análise para reequilibrar as contas da Infraero, que vem registrando déficit após a privatização de cinco de seus principais aeroportos em 2012 e 2013.
O ministro da aviação Civil, Eliseu Padilha, ressaltou que o governo não pretende fazer a concessão da parte operacional de Congonhas "sob qualquer hipótese". "Mas isso não quer dizer que não poderemos fazer
...A Infraero está estudando fazer uma concessão da área comercial do aeroporto de Congonhas. A mudança está em avaliação no governo e a decisão deve ser tomada no início do ano que vem, de acordo com o presidente da Infraero, Gustavo do Vale. A concessão da área de lojas de Congonhas é uma das alternativas em análise para reequilibrar as contas da Infraero, que vem registrando déficit após a privatização de cinco de seus principais aeroportos em 2012 e 2013.
O ministro da aviação Civil, Eliseu Padilha, ressaltou que o governo não pretende fazer a concessão da parte operacional de Congonhas "sob qualquer hipótese". "Mas isso não quer dizer que não poderemos fazer uma concessão da área comercial para uma empresa de shopping", afirmou. Vale e Padilha conversaram com o Estado nesta segunda-feira, 1, antes de participar de um evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.
Hoje, a Infraero precisa fazer uma licitação para alugar cada loja nos aeroportos administrados por ela. Com a mudança, a empresa contrataria uma companhia imobiliária para administrar as lojas e essa empresa teria autonomia para alugar os espaços sem licitação. A operação ligada à atividade aeroportuária, como a negociação com companhias aéreas, ainda ficaria a cargo da Infraero.
Além de Congonhas, o governo também classificou os aeroportos de Santos Dumont, no Rio, e de Manaus como espaços prioritários e que não devem ser concedidos completamente, disse Padilha. Uma possibilidade em avaliação é agrupar aeroportos em Sociedades de Projetos Específicos (SPEs), que poderiam ter sua área comercial concedida em conjunto.
O governo já procurou o setor privado para discutir a possibilidade de fazer um projeto piloto de concessão da área comercial no aeroporto de Goiânia. A Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab), que reúne lojistas como Dufry, H.Stern e Grupo RA (líder na área de alimentação em aeroportos), se manifestou contra o projeto. "Acho que existe um potencial conflito de interesse entre o operador do aeroporto e o gestor comercial", disse o presidente da Ancab, Miguel Costa.
Segundo ele, os lojistas ainda preferem o modelo de licitação da Infraero à política comercial das concessionárias privadas. "Existe um lance mínimo que é público e uma competição entre as empresas pelos espaços. Nos aeroportos privados, há uma negociação fechada com poucos lojistas e isso na prática tornou o aluguel muito mais caro", afirmou.
Reestruturação. De acordo com Padilha, a Infraero deve ser dividida em duas empresas - a Infraero Serviços e a Infraero Participações. A Infraero Serviços terá como sócia a empresa alemã Fraport, administradora do aeroporto de Frankfurt, que terá participação de 49% na companhia. Por meio dessa divisão, a Infraero poderá disputar contratos para administrar aeroportos internacionais e até alguns dos 270 aeroportos regionais que o governo pretende reformar. "Mas ela não teria a outorga e, por isso, não teria de arcar com os investimentos", explicou Vale.
A divisão de Participações vai reunir as fatias da Infraero em aeroportos, como os 49% que detém em Guarulhos, Viracopos e Brasília, privatizados em 2012, e de Galeão e Confins, em 2013, e cerca de outros 60 aeroportos brasileiros. As SPEs formadas por grupos de aeroportos ficariam abaixo da Infraero Participações.
Vale confirma que a Infraero poderá reduzir sua participação nos cinco aeroportos já privatizados, mas diz que o porcentual ainda não foi definido. Fontes do setor aéreo afirmam que a empresa negocia fatia de 10% nesses aeroportos.
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