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Modal hidroviário pode garantir competitividade ao Brasil

30/11/2009 16h14 | Atualizada em 30/11/2009 18h53


Os participantes do Fórum de Infraestutura e Logística do Rio Grande Sul enfatizaram, na manhã de ontem, a necessidade de investimentos em hidrovias para tornar o Brasil mais competitivo. O Fórum é coordenado pela Comissão de Serviços Públicos (CSP) e discutiu o modal hidroviário e o Porto do Rio Grande, em audiência pública realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa.

Dados apresentados apontaram o transporte hidroviário como o mais econômico, em relação ao ferroviário e ao rodoviário, porém ainda pouco desenvolvido. O presidente da CSP, deputado Fabiano Pereira (PT), definiu o tema como "estratégico para o Estado".

Competitividade
“O transporte hidroviário é fundamen

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Os participantes do Fórum de Infraestutura e Logística do Rio Grande Sul enfatizaram, na manhã de ontem, a necessidade de investimentos em hidrovias para tornar o Brasil mais competitivo. O Fórum é coordenado pela Comissão de Serviços Públicos (CSP) e discutiu o modal hidroviário e o Porto do Rio Grande, em audiência pública realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa.

Dados apresentados apontaram o transporte hidroviário como o mais econômico, em relação ao ferroviário e ao rodoviário, porém ainda pouco desenvolvido. O presidente da CSP, deputado Fabiano Pereira (PT), definiu o tema como "estratégico para o Estado".

Competitividade
“O transporte hidroviário é fundamental para a competitividade do País”, afirmou o representante do Ministério dos Transportes, Adão Marcondes Proença, que atua no Departamento de Políticas de Transportes Aquaviários. Proença mostrou dados que comprovam as vantagens do uso de hidrovias para transporte no Brasil. Segundo ele, o custo socioambiental é de R$ 0,62 por quilômetro a cada 100 toneladas transportadas, valor inferior ao custo em rodovias, que é de R$ 8,80, e em ferrovias, R$ 1,61. A avaliação exposta por Proença revelou que o transporte hidroviário é o mais econômico, em relação aos demais modais.

Comparando o transporte hidroviário brasileiro com o de outros países, Proença disse: “estamos extremamente atrasados”. “Mississipi transporta 240 milhões de toneladas ao ano”, exemplifica. Dos 27 mil quilômetros de rios navegáveis, os de melhores condições estão na Amazônia Legal, porém a região não oferece infraestrutura adequada para navegação, explicou o representante do Ministério dos Transportes.

O superintendente de Portos e Hidrovias do RS, Gilberto Cunha, reforçou as potencialidades do transporte hidroviário e ressaltou: “Precisamos que todos os agentes entendam que o modal hidroviário precisa encontrar a sua equação. Uma nova matriz de carga para o RS é fundamental para a competitividade”. Para Adão Proença, um dos desafios para a Região Sul é “trazer carga para a hidrovia”. E lembrou: “existe vontade nacional para que a hidrovia se desenvolva”.

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Terminais de Portos, Wilen Mantelli, o Brasil precisa buscar soluções para o desenvolvimento a partir de experiências de outros países, que são exemplos de sucesso nesta área. Uma das alternativas, segundo Mantelli, é garantir “autonomia” aos Estados na gestão de hidrovias e para implantação de terminais hidroviários. “A palavra-chave é pragmatismo. Se gera riqueza e emprego, é o que deve ser feito”, argumentou.

Porto do Rio Grande
A situação, os investimentos e os projetos do Porto do Rio Grande foram apresentados pelo engenheiro da Divisão de Planejamento do Porto do Rio Grande, Darci Tartari. Segundo ele, é preciso lembrar que o porto tem uma vocação que transcende as fronteiras do Brasil, atuando em todo o Conesul. Tartari explicou que os investimentos estão sendo realizados. “Com o espírito de recuperar áreas degradadas e de implantar outras, para atender a novas necessidades”. “Queremos colocar navios de maior porte e trazer mais oportunidades para o operador portuário”, afirmou.

Wilen Mantelli lembrou do potencial que o porto tem por estar próximo à Ásia e à África, se comparado a outros portos brasileiros. Outra vantagem, segundo ele, está no fato de ser o único porto do País com acesso aquaviário e terrestre.

Continuidade
O Fórum de Infraestrutura e Logística realizará outras duas audiências públicas. A próxima será dia 3 de dezembro, para tratar sobre bilhete único de transporte coletivo. No dia 10 de dezembro, o evento discute o modal aeroviário. Até o momento, o Fórum abordou questões sobre infraestrutura para a Copa 2014, modal ferroviário e modal rodoviário.

No encerramento dos trabalhos, dia 17 de dezembro, será apresentado um documento final, que sistematizará todas as discussões realizadas em audiências públicas. Na avaliação do deputado Fabiano Pereira, o Fórum apresenta como diferencial a articulação dos governos, com o objetivo de criar um plano de infraestrutura e logística. Pereira também informou que existe uma proposta de criação de indicadores para acompanhar e avaliar o andamento de obras anunciadas para o setor.

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