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Matriz tende a ter maior equilíbrio e menor custo

Paulo Resende, da FDC: a diferença entre o custo operacional e o pedágio vai direto para o bolso do transportador

Valor Econômico

20/04/2016 13h26


Ao longo dos próximos dez anos, a matriz de transportes nacional deverá ter custos mais baixos e um menor peso das rodovias na circulação das cargas, com acréscimo da participação da navegação de cabotagem e das ferrovias. Mas, para que os resultados sejam persistentes, será preciso avançar na atração do capital privado e superar gargalos em cada um dos segmentos, o que exigirá planejamento e interação entre os agentes.

Em agosto de 2012, o governo federal anunciou o Programa de Investimentos em Logística (PIL), com a previsão de R$ 133 bilhões em investimentos, sendo que a maior parte deles - R$ 91 bilhões - seriam direcionados às ferrovias e o restante às rodovias. Dois anos depois do anúncio, foram licitados seis lotes de rodo

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Ao longo dos próximos dez anos, a matriz de transportes nacional deverá ter custos mais baixos e um menor peso das rodovias na circulação das cargas, com acréscimo da participação da navegação de cabotagem e das ferrovias. Mas, para que os resultados sejam persistentes, será preciso avançar na atração do capital privado e superar gargalos em cada um dos segmentos, o que exigirá planejamento e interação entre os agentes.

Em agosto de 2012, o governo federal anunciou o Programa de Investimentos em Logística (PIL), com a previsão de R$ 133 bilhões em investimentos, sendo que a maior parte deles - R$ 91 bilhões - seriam direcionados às ferrovias e o restante às rodovias. Dois anos depois do anúncio, foram licitados seis lotes de rodovias - que somam 4,8 mil quilômetros em trechos que interligam o Sudeste e o Centro-Oeste e irão contemplar R$ 32 bilhões de investimentos ao longo de 30 anos de duração dos contratos.

Novos trechos deverão ser licitados ao longo dos próximos meses. As concessões devem reduzir o peso da logística na planilha de diversos setores. Estradas em más condições podem representar alta adicional de 30% no custo operacional de caminhões, por conta de desgaste nos pneus, reposição de peças e maior gasto com diesel. Levando-se em conta o deságio das licitações, que chegou a cerca de 50%, a cobrança de pedágio deve representar uma alta de 12% no bolso dos caminhoneiros, mas, como as estradas estarão em melhores condições, os custos operacionais terão peso menor.

"Essa diferença de 18% entre o custo operacional e o pedágio irá direto para o bolso do transportador", destaca Paulo Resende, professor da Fundação Dom Cabral (FDC). Estudo da FDC realizado no ano de 2012 apontava que o custo logístico consumia 13,1% da receita bruta das empresas consultadas, cujo faturamento superava R$ 1 trilhão. Por conta do desequilíbrio da matriz de transporte (as rodovias respondem por mais da metade da circulação de mercadorias no país), cerca de 45% desse custo estava relacionado ao transporte de longa distância feito pelas rodovias.

 

 

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