Infraestrutura
Folha
05/02/2013 09h13
Erros de cálculo e dúvidas sobre as regras estão travando o pacote de obras de logística que o governo começa hoje a tentar "vender" aos setor privado, no que se costuma chamar de "road show" excursão para apresentar projetos a investidores.
Na semana passada, o leilão de duas rodovias teve que ser adiado depois que três empresas desistiram de participar. O motivo, apurou a Folha, foram projeções de receita e lucros superavaliadas.
O governo superestimou as projeções para o retorno financeiro das duas primeiras concessões de rodovias federais do Programa de Investimento em Logística lançado pela presidente Dilma Rousseff em agosto, com previsão total de investimento de mais de R$ 200 bilhões.
Por causa disso, teve
...Erros de cálculo e dúvidas sobre as regras estão travando o pacote de obras de logística que o governo começa hoje a tentar "vender" aos setor privado, no que se costuma chamar de "road show" excursão para apresentar projetos a investidores.
Na semana passada, o leilão de duas rodovias teve que ser adiado depois que três empresas desistiram de participar. O motivo, apurou a Folha, foram projeções de receita e lucros superavaliadas.
O governo superestimou as projeções para o retorno financeiro das duas primeiras concessões de rodovias federais do Programa de Investimento em Logística lançado pela presidente Dilma Rousseff em agosto, com previsão total de investimento de mais de R$ 200 bilhões.
Por causa disso, teve que ser adiado o leilão de rodovias em Minas, marcado para a semana passada, depois que pelo menos três empresas informaram que não participariam. A justificativa, apurou a Folha, é que as projeções de crescimento da economia e de arrecadação do pedágio estavam infladas.
Com isso, a taxa de retorno ficaria ainda menor que os 6% prometidos pelo governo, já considerados insuficientes pelas empresas do setor.
Agora, os ministérios envolvidos (Casa Civil, Fazenda e Transportes) debatem internamente se refazem os estudos ou apenas melhoram as condições de financiamento para elevar o retorno.
A primeira opção levaria a uma demora maior nos leilões. Já a segunda não resolveria a insegurança gerada pela fragilidades dos levantamentos iniciais.
A versão oficial para o adiamento do leilão é que seria necessário refazer contas após novas medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda para reduzir juros do financiamento para o setor.
Ferrovias e portos
O programa de rodovias não é o único a gerar descrédito entre os investidores o governo também enfrenta problemas com as concessões de ferrovias e portos.
Nesta semana, o governo envia uma comitiva ao exterior para "vender" os projetos federais de concessão e atrair investimentos externos. Mas a oposição do empresariado nacional ao pacote já é forte.
Em ferrovias, a previsão era que os estudos de viabilidade de 6 dos 12 trechos a ser concedidos estivessem divulgados em dezembro. Os estudos não foram publicados porque o governo ainda não fechou um modelo concreto sobre como as companhias vão usar as novas ferrovias.
Sem isso, as interessadas não podem iniciar análises para apresentar proposta.
16 de abril 2020
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