Infraestrutura
Valor Econômico
24/03/2014 12h15
Controlada pelo grupo OAS e pelos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros, a Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar) prepara os investimentos em sua sexta concessão rodoviária no país - o trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG) da BR-040. A empresa já fez um aporte de R$ 315 milhões na recém-criada subsidiária que administrará a rodovia e prevê começar em maio a duplicação da estrada pela região de Cristalina (em Goiás). A construtora OAS fará todas as duplicações.
"Em função do tamanho do desafio, imediatamente após o leilão a gente começou a estruturar a companhia. Já montamos os nomes da diretoria e equipamos com recursos", diz Tulio Abi-Saber, diretor-presidente da concessionária BR-040, ao Valor
...Controlada pelo grupo OAS e pelos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros, a Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar) prepara os investimentos em sua sexta concessão rodoviária no país - o trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG) da BR-040. A empresa já fez um aporte de R$ 315 milhões na recém-criada subsidiária que administrará a rodovia e prevê começar em maio a duplicação da estrada pela região de Cristalina (em Goiás). A construtora OAS fará todas as duplicações.
"Em função do tamanho do desafio, imediatamente após o leilão a gente começou a estruturar a companhia. Já montamos os nomes da diretoria e equipamos com recursos", diz Tulio Abi-Saber, diretor-presidente da concessionária BR-040, ao Valor
A empresa conta com a vantagem de poder começar as obras sem o rito tradicional de licenciamento ambiental, graças a uma portaria interministerial que foi publicada no ano passado justamente para agilizar os trabalhos das concessionárias. Com isso, as primeiras obras de duplicação da rodovia ficam liberadas de forma mais rápida, desde que cumpram alguns condicionantes. Entre as obrigações, está a que impede a empresa de retirar vegetação nativa.
A Invepar ainda aguarda o aval dos órgãos ambientais para iniciar as obras, mas tudo indica que a duplicação de mais de 500 km seja mesmo iniciada em Goiás - onde os impactos ambientais tendem a ser menor e, portanto, a liberação ambiental tende a ser mais rápida. A expectativa é terminar esses trabalho em 12 a 18 meses após a obtenção do aval. Só a partir do momento em que 10% da duplicação total da rodovia estiver pronta, o pedágio pode começar a ser cobrado.
Além dos 557 km a serem duplicados, a Invepar ainda deve investir em cerca de 200 km que são hoje em multifaixa (há duas pistas em um sentido e mais duas de volta). Segundo Saber, nesses trechos a empresa deve criar acostamentos (que hoje não existem), além de outros itens, como barreiras centrais.
A rodovia tem o projeto executivo de engenharia em fase final de elaboração. Em até 45 dias, ele estará concluído. E até o meio do ano também fica pronto, diz Saber, o projeto executivo relativo às obras do ano que atualmente, vem.
A engenharia não é complicada. "De Belo Horizonte para cima, você tem um relevo que ajuda muito. Para baixo, é um relevo mais complicado, mas nem tanto", afirma. Segundo ele, esses riscos de engenharia já estão assegurados no contrato com a construtora OAS. Segundo ele, o acordo de acionistas da Invepar obriga uma exclusividade para a OAS em grandes obras. "Estamos elaborando o contrato neste momento. Ela fará toda a duplicação".
O executivo ainda não divulga números de investimento nos próximos anos. Ao longo dos 30 anos de concessão, a rodovia vai exigir investimentos estimados em R$ 7 bilhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento. Econômico e Social (BNDES) vai financiar até 70% do montante, seja por meio de empréstimo tradicional ou por meio de debêntures.
Apesar de investidores institucionais como o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), a empresa dispensa novos sócios neste momento. "A princípio não teremos sócio, não tem essa necessidade e nem essa intenção. Esse projeto é 100% da Invepar", diz Saber.
16 de abril 2020
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