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Infraestrutura lidera o uso de soluções integradas de TI

Jornal do Commercio/RS

26/02/2010 14h01 | Atualizada em 26/02/2010 17h04


Apontado pela IBM global como um dos países nos quais a companhia terá um crescimento expressivo em 2010, o Brasil deve começar a adotar o modelo de smarter cities (cidades inteligentes) primeiramente através dos segmentos de transporte e energia. A oferta de soluções capazes de aumentar a visibilidade, o controle e a automação nos setores de infraestrutura, beneficiando assim as cidades, foi o grande destaque do Pulse 2010, evento realizado pela IBM em Las Vegas e que se encerrou ontem.

Transportes e energia são as áreas em que a multinacional tem avançado mais rapidamente nos contratos com clientes privados e públicos locais. Apesar de ainda não poder revelar o nome das empresas que estão adotando a solução, o gerente de softwa

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Apontado pela IBM global como um dos países nos quais a companhia terá um crescimento expressivo em 2010, o Brasil deve começar a adotar o modelo de smarter cities (cidades inteligentes) primeiramente através dos segmentos de transporte e energia. A oferta de soluções capazes de aumentar a visibilidade, o controle e a automação nos setores de infraestrutura, beneficiando assim as cidades, foi o grande destaque do Pulse 2010, evento realizado pela IBM em Las Vegas e que se encerrou ontem.

Transportes e energia são as áreas em que a multinacional tem avançado mais rapidamente nos contratos com clientes privados e públicos locais. Apesar de ainda não poder revelar o nome das empresas que estão adotando a solução, o gerente de software Tivoli da IBM Brasil, Joaquim Campos, revela que já estão sendo desenvolvidos projetos para melhorar a eficiência do transporte ferroviário, aumentando a disponibilidade dos trens. "A nossa solução ajuda a gerenciar toda a programação de saídas e partidas e a parte de manutenção dos carros, de modo a não atrapalhar a prestação do serviço", revela.

Já o uso dessas ferramentas no segmento de energia deve acontecer, principalmente, com o início da adoção dos medidores digitais. Esses dispositivos serão capazes de gerar centenas de dados que, de acordo com Campos, as ferramentas da IBM serão capazes de transformar em informações inteligentes. A solução vai mapear toda a rede de distribuição e identificar falhas ou fraudes em tempo real, como a partir da constatação de uma mudança de consumo em determinada região.

No caso de grandes indústrias, toda essa inteligência permitirá que esses clientes recebam energia de acordo com os picos de uso e, até mesmo, possam passar de consumidores a fornecedores para uma cidade no momento em que estiverem com a demanda ociosa. Para o executivo, as empresas brasileiras da área de infraestrutura já estão atentas para a necessidade de automatizarem de forma inteligente esses servicos. "Daqui a três anos muita coisa já terá sido feita no Brasil, principalmente com as ações capitaneadas pela iniciativa privada", projeta.

Apesar de os projetos geralmente andarem mais rápido entre as empresas, a IBM também quer atrair a atenção dos gestores públicos para o conceito de smarter cities. Um dos importantes cases da companhia nessa área é justamente o da cidade de Chesapeake, no estado de Virginia, nos Estados Unidos. No final do ano passado, foi anunciada uma parceria para a construção de um sistema inteligente e cerca de 200 mil habitantes serão beneficiados com o uso da tecnologia da IBM pela administração do município para gerenciar a entrega de serviços nos sistemas de água, de tráfego e do departamento de polícia e bombeiros. "O interesse pela gestão inteligente e eficaz dos serviços públicos existe tanto por parte das empresas como dos governos", diz.

Campos comemora o momento positivo vivido pela economia brasileira e destaca a atenção que a unidade brasileira vem recebendo da IBM global. Um dos reflexos dessa aposta no potencial de crescimento do País é, segundo ele, as ampliações que vêm sendo feitas no laboratório de desenvolvimento de soluções, em São Paulo, que hoje já reúne cerca de 300 profissionais. Além disso, uma curiosidade é que o Brasil teve a maior delegação de clientes do Pulse 2010, atrás apenas dos Estados Unidos.

Para esse ano, além dos projetos de smarter cities, outro segmento que é considerado um dos carros-chefe da companhia no País é o de cloud computing (computação em nuvem). Com um portfólio que envolve soft-ware, hardware e serviços, a IBM há muitos anos aposta no modelo de negócios no qual as empresas possam trabalhar de maneira virtualizada, provendo serviços para seus clientes externos e internos de acordo com a demanda.

Campos observa que as empresas que atuam como provedores de serviços (data centers) e aquelas que precisam trabalhar com a sazonalidade (como varejo durante o Natal) lideram a procura por esse tipo de serviço.

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