A licitação para as obras do Terminal 3 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) está acirrada. Sete empresas apresentaram propostas iniciais entre R$ 79 milhões e R$ 179 milhões. Como as ofertas estavam muito acima dos custos esperados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a contratante pediu redução e a RV, que tinha apresentado o valor de cerca de R$ 80 milhões, reduziu para R$ 65,79 milhões. Ainda assim, o montante está muito além do que a Infraero pretende desembolsar.

No dia 28 de setembro, a estatal pediu que a vencedora baixasse o valor em 35%, o equivalente a cerca de R$ 23 milhões, ou seja, ela pretendia um orçamento aproximado de R$ 42,76 milhões. Ontem, a RV disse que só poderia chegar a R$ 59,97 milhões. O desconto, de R$ 5,81 milhões (8,8%), é quase quatro vezes menor do que o corte que a estatal tinha em mente.

Ontem a Infraero fez outra proposta e pediu um corte de 28%, para chegar a aproximadamente R$ 47,37 milhões. Esse valor ainda está R$ 4,6 milhões acima do que a Infraero pretendia desembolsar e R$ 12,6 milhões abaixo do que a construtora pretendia receber, pela última proposta.

A RV pediu prazo de 48 horas para avaliar o pedido e tem até amanhã para dizer se aceita ou não.

Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a licitação, por meio do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), está em aberto e só será concluída quando as partes entrarem em acordo.

Caso a RV não atenda às expectativas de preço da Infraero, a segunda colocada poderá ser chamada para a disputa. O segundo menor lance após o da RV foi dado pela Sial Construtora, de R$ 65,8 milhões.

Quem vencer fará as obras do terceiro terminal de Confins, que ampliará a capacidade em mais 4,8 milhões de passageiros por ano. Ao contrário do que se falava, ele não será um "puxadinho". Até o ano passado, o governo pretendia construir um Módulo Operacional Provisório (MOP) para dar suporte à crescente demanda de passageiros, mas ele será definitivo.