Infraestrutura
Agencia Estado
23/03/2010 16h14 | Atualizada em 23/03/2010 20h22
Depois de várias reuniões com os investidores interessados no Trem de Alta Velocidade (TAV) - movimento que se intensificou nas últimas semanas -, o governo está cedendo às pressões do empresariado. Se a demanda de passageiros pelo trem-bala ficar aquém das expectativas, o empréstimo repassado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ter juros menores. Essa deverá ser a principal mudança no edital que sairá até o fim deste mês.
"Temos segurança quanto ao estudo de demanda que foi feito, mas o governo, até para aumentar a atratividade do projeto e incentivar a competição, realmente avalia melhorar as condições de finan
...Depois de várias reuniões com os investidores interessados no Trem de Alta Velocidade (TAV) - movimento que se intensificou nas últimas semanas -, o governo está cedendo às pressões do empresariado. Se a demanda de passageiros pelo trem-bala ficar aquém das expectativas, o empréstimo repassado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ter juros menores. Essa deverá ser a principal mudança no edital que sairá até o fim deste mês.
"Temos segurança quanto ao estudo de demanda que foi feito, mas o governo, até para aumentar a atratividade do projeto e incentivar a competição, realmente avalia melhorar as condições de financiamento se houver frustração de demanda", revelou à Agência Estado o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo.
O Tesouro Nacional, por meio do BNDES, emprestará até 60% dos R$ 34,6 bilhões estimados para a construção do trem-bala, que fará a ligação entre São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Até agora, sabe-se que a linha de crédito custará a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), mais 1% ao ano. O que está em estudo é reduzir o juro do empréstimo caso a demanda fique abaixo de 33 milhões de passageiros em 2015 ou 110 milhões de usuários em 2044.
Além de juros ainda menores, o governo já acenou que poderá atenuar o risco de demanda do concessionário, esticando as parcelas do financiamento. A ideia é aumentar o prazo de 30 anos para 40 anos, que é o período de vigência da concessão.
16 de abril 2020
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