Uma coletiva na manhã desta última segunda-feira (30) reuniu representantes do governo de Santa Catarina e a imprensa para apresentar as doze propostas elaboradas por empresas, pessoas e instituições para a ligação Ilha-Continente. A entrevista iniciou às 10h, na Casa D'Agronômica, em Florianópolis.

O governador Raimundo Colombo, o presidente da SC Participações e Parcerias (SC PAR), Paulo César da Costa, e o secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, além de outras autoridades fizeram uma exposição dos Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI), solicitados pelo governo em maio deste ano. O objetivo foi dar espaço a empresas, universidades, organizações não governamentais e pessoas físicas para contribuírem na busca por uma solução para a mobilidade na capital. Entre as 12 propostas recebidas estão desde projetos de empresas estrangeiras até de uma acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina.

De acordo com o secretário de Infraestrutura, o governo já havia decidido por um projeto, mas mudou de ideia. "Inicialmente, nós tínhamos anunciado uma solução, mas devido ao interesse de diversas empresas, decidimos ouvir outras propostas e dar a possibilidade de se manifestarem", afirmou.

Segundo o presidente da SC PAR, foram recebidos projetos diversificados. "Tivemos alguns tipos de pontes, desde estaiada, até algumas mais ao nível do mar, também de túneis, teleféricos, ferry boat, ponte em conjunto com túnel e outros", disse. Além destas, há propostas de travessia marítima, inclusão de BRTs, que são ônibus de transporte rápido, e túnel subaquático.

Todas as propostas vão ser analisadas por uma equipe técnica, que estudará a viabilidade e o prazo de execução. Para o governador, serão priorizadas ações que tragam soluções a longo prazo. Além disso, o governo deve escolher um projeto que seja integrado ao sistema de transporte, à BR-101 e contemple todas as formas de mobilidade, não apenas a entrada e a saída da Ilha de Santa Catarina.

A viabilidade econômica também será um dos principais critérios de escolha. "O sonho é que se transforme em concessão e que a tarifa ou pedágio possam financiar a obra e dar retorno à empresa, então o governo não precisaria gastar nada. Mas quem vai definir é o governo, por algo que o consumidor possa pagar e seja compensador para ambos os lados", afirmou o presidente da SC PAR.

Segundo o governador, nesta fase de elaboração e apresentação das propostas, também não há custo para o governo. Conforme o cronograma, a escolha será concluída até o fim de setembro e a licitação deve ocorrer em dezembro de 2013.