Infraestrutura
O Estado de S.Paulo
05/04/2010 14h39
A entrada de veículos no Trecho Sul do Rodoanel foi planejado para ser restrita às alças das principais rodovias. No entanto, moradores do entorno têm improvisado acessos por estradas de terra para aproveitar as vantagens de ter o mais novo ramal viário de São Paulo passando perto de casa.
O Estado flagrou ontem diversos veículos entrando e saindo do Rodoanel por alças não-asfaltadas - e enlameadas. Dois acessos improvisados foram identificados: um na altura do km 46, no limite dos municípios de Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra, e outro cerca de dois quilômetros antes, também em Itapecerica.
Como o Trecho Sul foi planejado para não ter acessos ao trânsito local de veículos, o estado das alças contrasta com a qualidade da
...A entrada de veículos no Trecho Sul do Rodoanel foi planejado para ser restrita às alças das principais rodovias. No entanto, moradores do entorno têm improvisado acessos por estradas de terra para aproveitar as vantagens de ter o mais novo ramal viário de São Paulo passando perto de casa.
O Estado flagrou ontem diversos veículos entrando e saindo do Rodoanel por alças não-asfaltadas - e enlameadas. Dois acessos improvisados foram identificados: um na altura do km 46, no limite dos municípios de Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra, e outro cerca de dois quilômetros antes, também em Itapecerica.
Como o Trecho Sul foi planejado para não ter acessos ao trânsito local de veículos, o estado das alças contrasta com a qualidade das novas pistas do Rodoanel. Ali, o risco de um acidente é alto: as ruas de terra ficam em barrancos íngremes, sem proteção lateral ou sinalização e, após a chuva de ontem, estavam enlameadas e escorregadias.
Atolados
No acesso do km 46, um Tempra preto estava atolado a menos de um metro do acostamento do Rodoanel. "Eu só queria passear, pra ver como era essa estrada nova, mas acabamos atolados aqui", disse o proprietário do veículo, o segurança Mauro Balbino, de 31 anos.
Mauro estava com a mulher e três filhos e ficou preso no local por quase uma hora. Moradores dos bairros vizinhos chafurdavam na lama para ajudar a desatolar o carro - o que só foi possível após colocarem, por baixo do pneu, sobras de brita e outras pedras deixadas ali pelas empreiteiras que trabalharam na construção do Trecho Sul.
Segundo moradores que assistiam às tentativas de resgate do carro, é normal utilizar o acesso de terra para entrar no novo trecho do anel viário. "É o terceiro carro que atola só hoje (ontem). Mais cedo, foram duas S-10, uma prata e outra preta. Esse cara aí da preta foi até multado por um marronzinho (policial rodoviário), que chamou um guincho para o carro dele", disse o jardineiro Valdeci Soares.
Do outro lado do Rodoanel, no sentido Imigrantes-Régis Bittencourt, vários veículos utilizavam outro acesso improvisado para entrar na Rodovia SP-214, que leva aos bairros do M"Boi Mirim e Capela do Socorro, na zona sul de São Paulo. Durante os 30 minutos em que a reportagem ficou no local, pelo menos 15 veículos deixaram o asfalto novo do anel viário para entrar na rua lateral - íngreme e enlameada.
Temporário
De acordo com o comandante do Policiamento do Rodoanel, tenente Luís Antônio Caria Tajaíba, os acessos laterais foram feitos para que os carros e máquinas que trabalhavam na construção do trecho chegassem ao local das obras. "As empreiteiras tinham seus canteiros de obras e cada um tinha um acesso lateral para o Rodoanel. Quando elas terminaram o serviço, algumas fecharam os acessos com cerca metálica, mas outras não", explicou.
Segundo ele, os engenheiros responsáveis pela obra prometeram bloquear as entradas em até sete dias. "Até lá, estamos só orientando o pessoal, até mesmo sobre o risco de ficar atolado por causa da chuva", disse.
A Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), responsável pelo Trecho Sul, informou que os acessos ainda são utilizados como via para a realização de serviços complementares - como a instalação de cabeamento de fibra ótica para o monitoramento de TV, por exemplo. Segundo a empresa, todos os acessos serão fechados assim que terminarem os serviços.
Volta a São Paulo. Até as 23h50 de ontem, o movimento nas estradas na volta do feriado de Páscoa ainda era intenso. Na Rodovia Castelo Branco, a lentidão chegava a 24 quilômetros, entre os km 63 e 39.
De acordo com a concessionária Ecovias, administradora do sistema Anchieta-Imigrantes, mais de 4,6 mil carros ainda passavam, por hora, pelas rodovias.
As Rodovias dos Bandeirantes, Padre Manoel da Nóbrega e Tamoios também registravam fluxo intenso, com os alguns pontos de parada. Às 12h40, um engavetamento de três veículos foi registrado no km 52 da Rodovia dos Bandeirantes, em Jundiaí - sem feridos. Já na Rodovia Régis Bittencourt, uma colisão frontal entre dois veículos deixou duas pessoas levemente feridas. O acidente ocorreu na altura do km 362, em Miracatu. Na Rodovia Ayrton Senna, à tarde, cinco pessoas ficaram feridas após o capotamento de dois carros na altura do km 41, sentido interior.
16 de abril 2020
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