De todos os estádios da Copa do Mundo de 2014, somente o Beira-Rio, em Porto Alegre, ainda esperava pela aprovação de seu financiamento público via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Porém, nesta quarta-feira (19), o banco estatal deu sinal positivo para o empréstimo de R$ 271,5 milhões.

A aprovação, no entanto, não indica que os recursos poderão ser desembolsados, o que só ocorre após a contratação do financiamento. Os R$ 271,5 milhões correspondem a 71% do valor total da obra do Beira-Rio (R$ 330 milhões).

Em 2010, a construtora responsável pela reforma do estádio, a Andrade Gutierrez, chegou a iniciar os trabalhos, custeando, ela mesma, as obras. No entanto, a empresa paralisou as máquinas e só retomou no início de 2012, admitindo que seria necessário o uso de recursos públicos para viabilizar o empreendimento. Hoje, o estádio colorado já está 52% concluído.

Aprovado, o empréstimo do BNDES para o Beira-Rio exigirá uma operação mista: um terço dos recursos serão repassados diretamente pelo banco estatal e os dois terços restantes chegam de forma indireta, com o BB (Banco do Brasil) e o (Banrisul) Banco do Estado do Rio Grande do Sul como intermediários.

O BB, por sinal, participa também da operação de empréstimo da Arena Corinthians, estádio que teve o financiamento aprovado, mas não contratado. Um impasse entre o Banco do Brasil e a Odebrecht dificulta a assinatura do contrato.

O Beira-Rio era o último estádio com a situação de empréstimo "sob análise". Com exceção feita à supracitada Arena Corinthians, os demais palcos do Mundial já têm seu cronograma de desembolsos do BNDES em andamento o Mineirão é o mais adiantado entre eles.

Dos 12 estádios da Copa, 11 utilizam recursos do BNDES só o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, é financiado por meio da venda de terrenos públicos, da Terracap.