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Crédito do BNDES para Itaquera pode sair via Caixa

O impasse entre o Banco do Brasil e a Odebrecht sobre as garantias para o repasse de um financiamento do BNDES, poderá acionar a Caixa Econômica Federal

Valor Econômico

26/03/2013 10h39 | Atualizada em 26/03/2013 15h13


Com o impasse entre o Banco do Brasil e a Odebrecht sobre as garantias para o repasse de um financiamento do BNDES para a construção do Arena Corinthians, o governo poderá acionar a Caixa Econômica Federal (CEF). Seria uma decisão mais política do que técnica para que sejam resolvidas as dificuldades que impedem que a Odebrecht receba R$ 400 milhões do programa BNDES ProCopa Arenas. Os recursos a serem repassados correspondem a 46% do investimento total da obra.

Fontes da Caixa informam que não há negociação com a Odebrecht nesse sentido. Mas o Valor apurou que os entraves à concessão dos recursos para o estádio no qual deverá ser realizado o primeiro jogo da Copa preocupam o governo e a equipe econômica, que procuram uma solução

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Com o impasse entre o Banco do Brasil e a Odebrecht sobre as garantias para o repasse de um financiamento do BNDES para a construção do Arena Corinthians, o governo poderá acionar a Caixa Econômica Federal (CEF). Seria uma decisão mais política do que técnica para que sejam resolvidas as dificuldades que impedem que a Odebrecht receba R$ 400 milhões do programa BNDES ProCopa Arenas. Os recursos a serem repassados correspondem a 46% do investimento total da obra.

Fontes da Caixa informam que não há negociação com a Odebrecht nesse sentido. Mas o Valor apurou que os entraves à concessão dos recursos para o estádio no qual deverá ser realizado o primeiro jogo da Copa preocupam o governo e a equipe econômica, que procuram uma solução. Procurada, a Odebrecht não quis se pronunciar.

O empréstimo de R$ 400 milhões foi aprovado em junho de 2012 pelo BNDES. O impasse com o BB gira em torno das garantias que o banco exige para liberar o financiamento. A Odebrecht tentou repassar ao BB títulos da firma integrante do fundo imobiliário Jequitibá Patrimonial. O banco, entretanto, não aceitou a proposta porque a construtora só tem 11% dessa companhia. A maior parte é do Corinthians.

O BB não negocia diretamente com o clube porque, seguindo regras bancárias, não pode dar crédito a igrejas, partidos políticos e clubes de futebol. Desde março de 2012, o banco público formalizou à Odebrecht que o financiamento só seria liberado caso a empresa apresentasse uma garantia corporativa. A Odebrecht quis repassar como garantia uma promessa de responsabilidade da empresa responsável pela construção e manutenção do estádio (Jequitibá Patrimonial) e, depois, dela própria. Mas o banco não aceitou porque precisa de garantias de parte dos ativos da construtora no valor equivalente ao empréstimo. Isso porque os bens da empresa serviriam como garantia de execução, em caso de inadimplência.

A construtora resiste em submeter seus ativos como garantia de financiamento da arena. A empresa argumenta que nunca teria atuado como avalista de nenhum empreendimento em que figura como mero prestador de serviços. A Odebrecht não quer se comprometer a tal ponto e estaria disposta a isso somente se entrasse como concessionária do estádio, proposta com a qual algo o Corinthians não concorda.

Oficialmente, o BB diz que a operação está aprovada e que não existem pendências a cargo do banco. "Outras informações estão protegidas por sigilo comercial", diz o banco. Mas está irredutível na posição de exigir as mesmas garantias que são comuns em operações semelhantes. O BB afirma que exigências parecidas foram feitas à Andrade Gutierrez para o financiamento do estádio Beira-Rio, do Sport Club Internacional.

 

 

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