SP receberá a visita de membros do governo austríaco para intercâmbio sobre mobilidade.

O debate sobre a integração de todos os modais da mobilidade urbana também foi o assunto central do discurso do secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes. Para atribuir sustentabilidade à infraestrutura das cidades, as propostas mais comuns giraram em torno de políticas de continuidade (das obras), expansão e inovação.

Neste contexto, o primeiro passo para dar dinamismo à mobilidade nas cidades seria integrar os modos motorizados públicos e os não motorizados, estabelecendo conexões entre os transportes municipais e os metropolitanos.

Fernandes sinaliza que terminar as obras que foram iniciadas em gestões anteriores e investir na melhora da eficiência dos projetos que já estão em operação são cruciais para que os avanços sejam efetivos. "Para que o tema da mobilidade prospere, é preciso integrar todos os modais. A população já vem solicitando essas medidas. Além disso, faz-se necessário recordar que a descontinuidade administrativa é um desastre", afirmou Fernandes.

Outros recursos que devem ser utilizados pelo governo paulista para a melhoria da mobilidade incluem a busca de novas soluções tecnológicas e o atendimento de novos conglomerados, como a macrometrópole. Dentro da linha de raciocínio do prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, na última corrida eleitoral, o secretário considera a criação de novos polos e a geração de empregos para evitar que o movimento pendular no metro ultrapasse a barreira dos 4,5 milhões.

"Não há estrutura que aguente. Em 2014, a rede terá 4 linhas de metrô em obras e 3 da CPTM sendo expandidas. Mas não para por aí. O edital da licitação da linha Verde até a Via Dutra já foi encaminhado. O mesmo ocorre com o monotrilho do ABC."

Diante dos desafios apresentados pelos projetos metroviários, Fernandes afirmou que na próxima semana receberá a visita de membros da alta cúpula do governo da Áustria.

Mesmo que a cidade de Viena tenha proporções muito menores que São Paulo e tenha uma demanda menos expressiva, o governo paulista conseguiu estabelecer o encontro para que seja realizado um intercâmbio de informações sobre como expandir de maneira sustentável a malha metroviária.

Mas não é apenas na estrutura e nos recursos financeiros que o metrô paulistano fica aquém do apresentado pelo transporte público em cidade de primeiro mundo, como Nova York, Paris e Moscou.

Além do horário de funcionamento limitado a 20 horas, vale destacar o ritmo lento da expansão. "Se crescermos nessas proporções atuais, igualaremos o que Londres é hoje em dia em no mínimo 132 anos", aposta Marco Antonio Lage, diretor de comunicação corporativa e sustentabilidade da Fiat/Chrysler.

Neste ano, serão iniciadas obras de expansão nas linhas 9 e 13 da CPTM, e terão continuidade os projetos na linha 4 do metrô, e nas linhas 5, 7, 8 e 15 do trem metropolitano.

No período entre 2012 e 2015, os investimentos no metrô devem ultrapassar os R$ 29 milhões, enquanto na CPTM totalizam R$ 9,4 milhões. Os financiamentos a serem contratados devem somar R$ 9,44 milhões, sendo R$ 5,63 milhões e R$ 3,80 milhões, respectivamente.