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Concessões transformam o Brasil em canteiro de obras

Leilões de rodovias e de infraestrutura portuária são recordes, mas governo ainda não destravou ferrovias e hidrovias

Valor Econômico

18/07/2025 12h22 | Atualizada em 18/07/2025 12h26


As obras já contratadas em leilões de concessões de infraestrutura e as previstas a irem a martelo até 2026 têm potencial para transformar o país em um canteiro de obras.

De acordo com o jornal Valor Econômico, as nove concessões rodoviárias realizadas em 2023 e 2024 demandam investimentos que somam R$ 108,3 bilhões em melhorias a serem realizadas em 30 anos, mas a maior parte deve ser realizada na primeira década de vigência contratual.

Em 2025 foram efetuados cinco certames no primeiro semestre, e a projeção do governo federal é de outros dez no segundo semestre.

Somados, demandarão investi

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As obras já contratadas em leilões de concessões de infraestrutura e as previstas a irem a martelo até 2026 têm potencial para transformar o país em um canteiro de obras.

De acordo com o jornal Valor Econômico, as nove concessões rodoviárias realizadas em 2023 e 2024 demandam investimentos que somam R$ 108,3 bilhões em melhorias a serem realizadas em 30 anos, mas a maior parte deve ser realizada na primeira década de vigência contratual.

Em 2025 foram efetuados cinco certames no primeiro semestre, e a projeção do governo federal é de outros dez no segundo semestre.

Somados, demandarão investimentos de R$ 161 bilhões em 8.449 km de rodovias.

Para 2026, a meta é realizar mais 15 leilões, sendo seis em Santa Catarina, quatro no Rio Grande do Sul e cinco no Nordeste.

Em fevereiro ocorreu o leilão da Rota Agro Norte (BR-364/RO), vencido pelo consórcio formado por 4UM Investimentos e banco Opportunity.

Em abril, o leilão da via que liga Juiz de Fora (MG) ao Rio de Janeiro foi arrematado pelo Consórcio Nova Estrada Real, e em maio o Consórcio K&G venceu a disputa pela Rota da Celulose, no Mato Grosso do Sul.

Em maio e junho também foram realizados os primeiros leilões de otimização contratual – revisão de contratos antigos cujas projeções não se confirmaram –, possibilitando novos prazos, tarifas e obrigações em melhorias e duplicações: o trecho de 847 km em Mato Grosso do Sul da BR-163 e o de 478 km da BR-101 no Espírito Santo e na Bahia.

Ambos foram vencidos pelas antigas concessionárias, a Motiva, ex-CCR, e a EcoRodovias – com compromisso de investir R$ 10 bilhões –, respectivamente.

Outros três dos dez leilões previstos para 2025 são de repactuação.

O Paraná é o Estado mais impactado com obras contratadas em concessões feitas desde 2023; são seis lotes de rodovias que totalizam 3,3 mil km em todas as regiões paranaenses.

Quatro lotes já foram leiloados, com investimentos de R$ 66,4 bilhões em 30 anos.

Os dois últimos devem ser concedidos em outubro, com previsão de R$ 29,8 bilhões em 1.058 km.

Em São Paulo, o governo estadual programa levar a leilão ainda neste ano três lotes – Paranapanema, Rota Mogiana e Circuito das Águas – que somam 1.200 km e R$ 15 bilhões em investimentos.

Em parceria com o governo federal, o Estado também prevê a licitação do túnel Santos-Guarujá, obra estimada em R$ 5,78 bilhões.

Uma prioridade no Ministério dos Transportes é destravar aportes em logística ferroviária.

O governo chegou a cogitar o lançamento de um Plano Nacional de Ferrovias com investimentos estimados em R$ 138,6 bilhões em 15 ativos.

A nova determinação é fatiar o plano e anunciar projeto por projeto, apura a publicação.

O primeiro é a construção do Anel Ferroviário Sudeste (EF-118), conectando Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O trecho inicial prevê investimentos de R$ 4,6 bilhões nos 170 km entre Anchieta (ES) e São João da Barra (RJ).

Um segundo trecho de 235 km até Nova Iguaçu (RJ) ainda não tem data prevista.

Outra concessão planejada para 2026 é o corredor ferroviário Leste-Oeste, formado pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) entre Ilhéus (BA) e Figueirópolis (TO), onde se conectará à Norte Sul (FNS), e pela Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que parte da FNS em Mara Rosa (GO) até Lucas do Rio Verde (MT).

Para viabilizar os projetos ferroviários, o Ministério dos Transportes trabalha na estruturação de um modelo financeiro denominado “concessão com aportes”, que prevê que o governo federal entre com parte dos recursos para o capex das obras, originários de três fontes: verbas orçamentárias, valores obtidos com a repactuação de contratos antigos de de ferrovias e de imóveis da União, que seriam monetizados por meio de fundos de investimentos imobiliários.

Na área portuária, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) já realizou 22 leilões desde 2023, que vão proporcionar R$ 12 bilhões em investimentos.

Para este ano também estão previstos o primeiro leilão de um canal de acesso marítimo, que beneficiará o Porto de Paranaguá (PR) com dragagens e aprofundamento do calado, com investimento de R$ 1,2 bilhão, e o primeiro certame de uma hidrovia, a do rio Paraguai (MT-MS).

O MPor pretende leiloar em 2026 as hidrovias do Madeira (RO-AM), Tocantins (TO-PA), Tapajós (PA), da Lagoa Mirim (RS) e a chamada Hidrovia Verde, de Manaus a Barra Norte, na foz do Amazonas, informa o Valor.

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