Abdib
08/08/2025 11h49 | Atualizada em 08/08/2025 11h55
Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), os aportes no setor de infraestrutura no Brasil podem chegar a R$ 300 bilhões em 2025, valor recorde na série histórica.
A previsão, feita pela BNamericas e que inclui infraestrutura associada a setores como transporte, saneamento, energia elétrica, telecomunicações e petróleo e gás, superaria de longe o recorde anterior de R$ 260 bilhões, registrado no ano passado.
Espera-se que o aumento seja impulsionado por setores-chave, como rodovias e serviços de água, enquanto o setor de energia elétrica também deve permanecer alta
...Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), os aportes no setor de infraestrutura no Brasil podem chegar a R$ 300 bilhões em 2025, valor recorde na série histórica.
A previsão, feita pela BNamericas e que inclui infraestrutura associada a setores como transporte, saneamento, energia elétrica, telecomunicações e petróleo e gás, superaria de longe o recorde anterior de R$ 260 bilhões, registrado no ano passado.
Espera-se que o aumento seja impulsionado por setores-chave, como rodovias e serviços de água, enquanto o setor de energia elétrica também deve permanecer altamente ativo.
A BNamericas compilou as opiniões dos principais participantes do setor, incluindo importantes associações, empresas e formuladores de políticas, para explicar os motivos por trás da projeção robusta de investimentos e os desafios envolvidos.
"Vivemos um ciclo muito particular, inédito, com um enorme volume de investimentos. Isto é resultado de uma ampla estruturação de projetos, com os entes públicos mais organizado”, aponta Venilton Tadini, presidente da Abdib.
“Começamos a ter uma melhor governança do setor público, com maior controle e menos animosidade por parte do Tribunal de Contas da União, o TCU”, avalia.
Para o executivo, o cenário acaba dando uma visibilidade temporal na forma de estruturação dos projetos.
“Hoje, temos também uma estrutura de mitigação de riscos diferente e a análise dos projetos mudou muito”, comenta.
“A estrutura de seguros também está bem-organizada e há melhor elaboração dos critérios de taxa de desconto, o que melhora a qualidade dos projetos”, aponta Tadini.
Segundo ele, os projetos mapeados que nos próximos anos podem gerar R$ 750 bilhões em investimentos.
“É o maior programa de infraestrutura hoje no mundo, de forma organizada, abrangendo aspectos também de transição energética e a industrialização brasileira”, celebra.
Todavia, somente a estruturação de projetos não é a única razão do cenário positivo, pois é preciso ressaltar o avanço do financiamento.
“No passado, abusamos um pouco dos recursos do BNDES e, hoje, vejo que o banco está muito bem-estruturado”, prossegue.
De acordo com Tadini, a intenção do BNDES é chegar a 250 ou 260 bilhões de reais em financiamentos por ano.
“Além disso, temos instituições multilaterais que estão mais alinhadas com o BNDES, com taxas de juros mais adequadas”, completa.
No mercado de capitais, houve também a expansão das debêntures incentivadas, ampliando as fontes de financiamento.
‘Com todo esse cenário, devemos chegar a aproximadamente R$ 300 bilhões em investimentos em infraestrutura esse ano, puxado por saneamento, setor elétrico e toda a parte de transporte e logística”, conclui o presidente da Abdib.
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