Infraestrutura
O Estado de São Paulo
12/05/2016 00h54
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que vai analisar um pedido de prorrogação de pagamentos apresentado pelas atuais concessionárias de aeroportos. O pleito encaminhado pela Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa) justifica que a necessidade de adiamento de parcelas das concessionárias é um reflexo “de significativas alterações das condições macroeconômicas e de outros fatores considerados imprevisíveis”.
Nos cálculos apresentados pela associação, as turbulências econômicas resultaram em um saldo devedor de R$ 2,3 bilhões pelas concessionárias neste ano. “A solicitação da Aneaa foi apresentada à Anac na última sexta-feira, e se encontra em fase inicial de análise na agência, razão pe
...A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que vai analisar um pedido de prorrogação de pagamentos apresentado pelas atuais concessionárias de aeroportos. O pleito encaminhado pela Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa) justifica que a necessidade de adiamento de parcelas das concessionárias é um reflexo “de significativas alterações das condições macroeconômicas e de outros fatores considerados imprevisíveis”.
Nos cálculos apresentados pela associação, as turbulências econômicas resultaram em um saldo devedor de R$ 2,3 bilhões pelas concessionárias neste ano. “A solicitação da Aneaa foi apresentada à Anac na última sexta-feira, e se encontra em fase inicial de análise na agência, razão pela qual não há, no momento, nenhuma outra informação disponível”, declarou a Anac, por meio de nota.
O pedido, conforme informação divulgada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, foi feito em nome das concessionárias que estão à frente dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos, Brasília, Confins, Galeão e Natal.
Desde o ano passado, boa parte das empresas que lideram as concessões vive pesadelos financeiros, principalmente por conta da crise que derrubou as grandes empreiteiras nacionais e dos reflexos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
As concessionárias que administram Viracopos, Brasília e São Gonçalo do Amarante (RN) deixaram de pagar, em setembro do ano passado, alguns de seus fornecedores e acumulam pendências comerciais ou bancárias, dívidas vencidas e títulos protestados pelos credores, conforme reportagem publicada pelo Estado.
Outorgas. A Aneaa foi criada em 2013, justamente a partir das primeiras concessões realizadas pelo governo. Há preocupação com a saúde financeira das concessionárias, por conta dos compromissos de investimentos e outorgas que essas empresas já assumiram quando assinaram contratos para ficar 30 anos à frente dos principais terminais do País.
O conjunto das seis concessionárias feitas até agora prevê que o pagamento total de outorgas ao poder público chegue a um total de R$ 43,5 bilhões. Paralelamente, essas empresas precisam investir R$ 28,5 bilhões na modernização e na reforma dos aeroportos existentes. Nos últimos meses, foi intensa a movimentação de sócios em cada uma dessas empresas.
16 de abril 2020
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