Infraestrutura
Cimento Itambe
16/07/2012 11h04
Desde fevereiro de 2012, a cidade do Rio de Janeiro convive com sua primeira ponte estaiada. Projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, a obra desafoga o trânsito na região do entorno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – conhecida como Ilha do Fundão. Além de ser um acessório urbano para melhorar a mobilidade na capital fluminense, ligando a Cidade Universitária à Linha Vermelha, a construção desponta como uma das pontes estaiadas mais inovadoras já construídas no país.
Chamada de Ponte do Saber, ela é sustentada por 21 estais não distribuídos uniformemente. São 15 frontais e 6 de retaguarda. “Os quinze estais frontais sustentam o tabuleiro em concreto que constitui as pistas de passagem e marca o vão da travessia do
...Desde fevereiro de 2012, a cidade do Rio de Janeiro convive com sua primeira ponte estaiada. Projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, a obra desafoga o trânsito na região do entorno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – conhecida como Ilha do Fundão. Além de ser um acessório urbano para melhorar a mobilidade na capital fluminense, ligando a Cidade Universitária à Linha Vermelha, a construção desponta como uma das pontes estaiadas mais inovadoras já construídas no país.
Chamada de Ponte do Saber, ela é sustentada por 21 estais não distribuídos uniformemente. São 15 frontais e 6 de retaguarda. “Os quinze estais frontais sustentam o tabuleiro em concreto que constitui as pistas de passagem e marca o vão da travessia do canal, enquanto os estais traseiros, ancorados três a três em blocos laterais, são a contrapartida de sustentação dos primeiros. A existência dessa linguagem é fortemente orientada para a maior expressão dos esforços estruturais e baseado diretamente nas possibilidades estéticas de seus componentes”, explica Alexandre Chan.
Os estais (cabos) estão atrelados a um só pilone de quase 96 metros, já apelidado pelos cariocas de “perna de moça”. “Não é incomum a presença depontes estaiadas com pilone único, mas a distribuição básica dos elementos estruturais, nesse caso, saiu da análise do local, onde se buscava a não existência de pilares na lâmina d’água”, revela o arquiteto. A solução permitiu criar um vão livre de 170 metros, para uma ponte que tem 773 metros de extensão.
Com a obra, em parceria com o Governo do Rio de Janeiro, a UFRJ conseguiu pôr em andamento o programa de revitalização do Canal do Fundão. O plano permitiu a dragagem de mais de 3,5 mil m³ de material, aprofundando o leito do canal em quatro metros. Também foram recuperadas 180 mil plantas dos manguezais e plantadas outras 140 mil mudas. “Além de seu óbvio utilitarismo rodoviário, a Ponte do Saber ajuda a marcar simbolicamente esse momento de revisão ambiental na região”, destaca Alexandre Chan.
Em seu plano original, a Ponte do Saber seria construída toda com concreto branco. No entanto, o custo levou a uma revisão do projeto. “Ela seria inicialmente intencionada em cimento branco estrutural, para dispensar acabamentos adicionais e facilitar a reflexão da luz do sol ou de uma futura iluminação de realce. Contudo, ponderações de custo transformaram a opção para um concreto apenas claro e sem pintura, ainda de boa resposta às luzes citadas”, revela o arquiteto. Com isso, a obra, que ficou a cargo da construtora Queiroz Galvão, custou R$ 320 milhões, dos quais R$ 248 milhões foram financiados por multas ambientais pagas pela Petrobras.
16 de abril 2020
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