Infraestrutura
Valor Econômico
03/07/2014 16h27 | Atualizada em 03/07/2014 19h29
A Odebrecht conquistou o segundo contrato bilionário para construção de um gasoduto na América Latina nesta semana, após conquistar um projeto do gênero no Peru. Desta vez, a empresa vai construir, em consórcio, um gasoduto de US$ 935 milhões no México. Com 450 quilômetros de extensão, o gasoduto percorrerá os Estados de Nuevo Leon, Tamaulipas e San Luis Potosi, passando por Sierra Madre. Chamados de Los Ramones II Norte, terá ainda duas estações de compressão de gás. Segundo a Odebrecht Infraestrutura, o duto é considerado a coluna vertebral do Sistema Nacional de Gás (SNG) do México, e deve contar com uma capacidade mínima de 1,4 bilhão de pés cúbicos diários (40,5Mm3/d).A Odebrecht lidera o consórcio AOT Pipelines, formado também pela
...A Odebrecht conquistou o segundo contrato bilionário para construção de um gasoduto na América Latina nesta semana, após conquistar um projeto do gênero no Peru. Desta vez, a empresa vai construir, em consórcio, um gasoduto de US$ 935 milhões no México. Com 450 quilômetros de extensão, o gasoduto percorrerá os Estados de Nuevo Leon, Tamaulipas e San Luis Potosi, passando por Sierra Madre. Chamados de Los Ramones II Norte, terá ainda duas estações de compressão de gás. Segundo a Odebrecht Infraestrutura, o duto é considerado a coluna vertebral do Sistema Nacional de Gás (SNG) do México, e deve contar com uma capacidade mínima de 1,4 bilhão de pés cúbicos diários (40,5Mm3/d).A Odebrecht lidera o consórcio AOT Pipelines, formado também pela mexicana Arendal e pela argentina Techint. Cada empresa tem um terço de participação acionária. As empresas foram contratadas pela TAG Pipelines e pela estatal petroleira do México Pemex, que estão em parceria na contratação. Cinco consórcios participaram da disputa. Entre as empresas concorrentes, estavam grandes empreiteiras internacionais, como Price Gregory, ARB, Mastec e Bonatti. O critério de escolha foi basicamente o preço.
Segundo Luiz Gordilho, diretor da Odebrecht responsável pelo contrato, esse é um dos projetos mais importantes do governo do presidente Enrique Peña Nieto e tem como objetivo aproveitar a reserva de gás natural dos Estados Unidos - principalmente o gás de xisto, mais barato. "O objetivo é mudar a matriz energética do país", diz Gordilho. A mudança pretende transformar a dependência do país hoje calcada em uma energia basicamente a combustível e óleo em direção ao aumento do uso do gás. Segundo o executivo da Odebrecht, o México ainda apresenta várias oportunidades de negócios para a companhia. Na área de energia, há 10 mil quilômetros de gasodutos a serem construídos nos próximos cinco anos. "São quase US$ 50 bilhões em potencial só em negócios de energia nesse período", diz Gordilho. Além de dutos, a companhia tem interesse em participar de outros projetos de infraestrutura no México, como hidrelétricas, refinarias e em captação e distribuição de água.
No caso do gasoduto mexicano, a Odebrecht participará como construtora - ou, como costuma chamar, "prestadora de serviços" -, diferentemente de outro projeto anunciado nesta semana. No Peru, a empresa anunciou que ganhou licitação do governo para a construção e concessão por 34 anos do projeto. Segundo a agência Bloomberg, a Odebrecht e a Enagas investirão US$ 3,6 bilhões para instalar mais de 1 mil quilômetros de tubulações com origem nos campos de gás de Camisea, na selva, atravessando os Andes, para alimentar planejadas usinas de eletricidade na costa do Pacífico. O gasoduto estimulará a economia do Peru e permitirá o desenvolvimento de uma indústria petroquímica no sul do país, disse à agência Eleodoro Mayorga, ministro de Minas e Energia. "As geradoras de eletricidade, as empresas de transportes e todos os peruanos terão acesso a energia substancialmente mais barata", disse Mayorga, ainda segundo a Bloomberg. "Os recursos de Camisea têm sido a base do desenvolvimento econômico do Peru."
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